O mercado físico do boi gordo voltou a apresentar negócios acima da referência média, com expectativa de nova alta dos preços no curto prazo, em linha com a posição das escalas de abate.
De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o que mais chama a atenção no atual movimento é que, mesmo diante da constante elevação dos preços da arroba, as indústrias não conseguiram avanços consistentes em suas escalas de abate.
“Pelo contrário, o que se observa é a manutenção das escalas de abate de boi gordo na posição menos confortável da atual temporada. A demanda segue aquecida no final da atual temporada, em especial à relacionada às exportações”.
- São Paulo: R$ 277,92
- Goiás: R$ 266,79
- Minas Gerais: R$ 272,94
- Mato Grosso do Sul: R$ 279,66
- Mato Grosso: R$ 240,20
Mercado atacadista
O mercado atacadista voltou a se deparar com preços firmes. O ambiente de negócios volta a sugerir pela alta dos preços no curto prazo, em linha com a entrada dos salários na economia.
Importante destacar que a carne bovina tende a perder competitividade no curto prazo, em especial para a carne de frango.
“Com a continuidade do movimento de alta da carne bovina no mercado doméstico o mais provável é que a população busque alternativas que causem menor impacto na renda familiar. Essa relação é especialmente importante para a parcela da população de menor renda”, assinalou Iglesias.
O quarto traseiro segue no patamar de R$ 19,90, por quilo. Ponta de agulha ainda é cotada a R$ 15,00, por quilo. Quarto dianteiro segue precificado a R$ 15,15 por quilo.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,27%, sendo negociado a R$ 5,4627 para venda e a R$ 5,4606 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,4302 e a máxima de R$ 5,4781.