O relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) marcou o mercado do milho na semana passada.
O órgão fez um pequeno ajuste para cima na produção do cereal norte-americano, de 384,74 para 385,73 milhões de toneladas.
- Confira na palma da mão informações quentes sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no WhatsApp!
Em contrapartida, a produção mundial diminuiu de 1219,82 para 1218,57 bilhões de toneladas, o que impactou os estoques finais globais. Diante desses números e de outros fatores, acompanhe a análise da plataforma Grão Direto sobre o pode mexer com os preços do cereal.
O que esperar do mercado?
- China diminuindo as compras: o USDA revisou para baixo as projeções de importação do país asiático, de 23 para 21 milhões de toneladas. Esse movimento pode sinalizar o início de uma redução significativa nas importações do cereal, já que há expectativa de que o país alcance a autossuficiência na produção, impactando diretamente a demanda pelo produto brasileiro.
- Produtores resistentes: após realizar vendas expressivas de milho para quitar dívidas, o produtor brasileiro agora adota uma postura mais cautelosa em relação às novas vendas, o que pressiona os compradores a oferecerem preços mais atrativos. “Ainda há um grande volume de milho a ser negociado no Brasil, o que representa um risco, especialmente com o avanço da colheita nos Estados Unidos, que deve oferecer milho competitivo para o mercado internacional”, diz a Grão Direto.
- Plantio da safra verão: o ritmo de plantio de milho segue avançando, principalmente nos estados do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. De acordo com a Emater/RS-Ascar, a semeadura alcançou 37% da área total, contra 44% do mesmo período do ano anterior em território gaúcho. Até o momento, as condições das lavouras são satisfatórias, favorecendo a germinação e o desenvolvimento inicial das áreas já semeadas. No entanto, para o restante do Brasil, ainda existem muitas incertezas em relação ao plantio do cereal devido ao clima instável, já que a cultura é bastante sensível à falta de umidade.
- Exportações brasileiras: o USDA reduziu de 50 para 48 milhões de toneladas a expectativa de exportações brasileiras, diante da menor produção e do ritmo lento de exportações até o momento. Apesar da queda, o número ainda continua muito distante do projetado pela Conab, de 36 milhões de toneladas. Há um consenso de mercado de que os números devem ficar em torno de 40 a 42 milhões de toneladas, cerca de 30% a menos.
De acordo com os cenários citados acima, as cotações brasileiras poderão ter uma semana de continuidade de alta nos preços pela terceira vez consecutiva, conforme projeção da Grão Direto.
Cadastro efetuado com sucesso. Ocorreu um erro! Não foi possível realizar o cadastro.