As cotações da soja vão continuar sendo pressionadas para baixo no curto prazo. A grande oferta do grão no mercado mundial é o principal motivo dessa tendência.
A informação foi repassada pelo engenheiro agrônomo Fábio Meneghin, sócio da empresa de consultoria Veeries, durante encontro promovido pela Aprosoja Paraná em Palotina. Meneghini vê perspectiva de recuperação dos preços da soja em 2025 com o aumento do esmagamento do grão.
Fundetec leva tecnologia e inovação ao Show Rural
Associados da C.Vale são eleitos Agricultores Familiares Modelo
“Estamos no terceiro ano consecutivo de superávit global, ou seja, está sobrando soja no mundo. Os norte-americanos estão começando a colher uma excelente safra, com potencial produtivo recorde, acima de 125 milhões de toneladas. O mercado está bem abastecido, os preços estão na casa do sub 10 dólares por bushel e a boa notícia é que a demanda começa a reagir a estes preços internacionais mais baixo”, justifica.
Meneghin reforça também que compras mais robustas estão acontecendo por parte da China. Enquanto isso, nos países produtores de soja, incluindo o Brasil, o que se vê é um fortalecimento do esmagamento da soja. “A gente projeta para o Brasil no próximo ano um aumento de quase dois milhões de tonelada no esmagamento, puxado por biodiesel, que a mistura chega a 15% de biodiesel no diesel. Nos Estados Unidos existe o combustível HVO, com boa parte derivado de óleo de soja; e na Argentina tem redução de capacidade esmagadora ociosa. Ou seja, vemos a demanda sendo retomada”
O engenheiro agrônomo destaca que haverá pressão para a colheita, em fevereiro e março do ano que vem, e que com isso os preços devem ceder um pouco, mas que ao longo do ano esses preços tornariam ter um pouco mais de força, com os prêmios, principalmente.
(Com Assessoria C.Vale)