O Portal Sou Agro perguntou ao coordenador do Show Rural de Inverno: “Qual a principal aposta?”. A resposta veio reta: “Saltar de uma produtividade de 3.800 quilos por hectare de trigo para 6 mil quilos”.
Uma matemática que para muitos é audaciosa, para Rizzardi, é algo real e possível. “A virada de chave vai acontecer quando o produtor entender que ao atingir a marca de 100 sacas por hectare vai conquistar o mesmo lucro que tem com a soja e numa época de clima complicado”.
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Colheita de 1 mi de toneladas a mais sem ampliar a área plantada
O Paraná tem o solo ideal. Além de acreditar, o agricultor precisa fazer o dever de casa. “Primeiro vir para o evento para aprender e conhecer a cultivar adequada. A estratégia é “turbinar” a produção. “Escolher a cultivar adequada e implantar com a tecnologia devidamente aplicada. Isso envolve preparo e cuidado com o solo, fertilizar corretamente, agregar bioestimulantes para provocar a planta para ser mais eficiente, para receber mais nutrientes; Dar condições para a planta aumentar seu sistema radicular e adotar sistema de bons tratos culturais”.
Rizzardi lembra que o trigo foi desestimulado e por isso a trajetória da cultura ainda não se reverteu. “Havia uma história que não valia a pena plantar trigo, que não tinha política para a cultura e até hoje estamos importando. Plantamos 9,5 milhões de toneladas e consumimos perto de 13 milhões. Ainda há muito para nos tornarmos autossuficiente”.
No Show Rural de Inverto estão 42 expositores, que foram selecionados porque entregam resultado. Sobre o trigo, principal cultura em apresentação no 5º Show Rural Coopavel de Inverno, Natalino afirmou que o Brasil pode sim em algum momento se tornar autossuficiente, produzindo mais de 12,5 milhões de toneladas por ano. Eventos como o Show de Inverno apresentam os avanços de tecnologias que criam condições diferenciadas para o trigo e outras culturas e o governo, por sua vez, também faz a sua parte para que a atividade possa avançar.