A semana deve ser de preocupação para os produtores rurais, principalmente da região Sul do Brasil, por conta das previsões de geadas que podem afetar as lavouras em diversas áreas. A massa de ar frio e seco que se estabeleceu sobre o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul eleva o risco de geada, especialmente em regiões tradicionalmente mais vulneráveis.
No Paraná, o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental (Simepar) alerta para a possibilidade de geadas entre o sul do estado e os Campos Gerais, onde as temperaturas caem drasticamente. Guarapuava, por exemplo, pode registrar uma mínima de 3ºC nesta segunda-feira (12.08), com sensação térmica negativa.
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Em Santa Catarina, a Defesa Civil prevê temperaturas mínimas ainda mais rigorosas, variando entre 0 e -4°C no meio oeste e planaltos, enquanto no Oeste, Alto Vale do Itajaí e Grande Florianópolis serrana, os termômetros podem marcar de 1 a 5°C. As demais regiões do estado devem enfrentar mínimas entre 5 e 10°C.
O Rio Grande do Sul também está sob alerta, com um anticiclone migratório intensificando o frio e elevando o risco de geadas em boa parte do estado. A exceção, segundo a Emater, são áreas próximas à Laguna dos Patos, Lagoa Mirim e Região dos Vales, onde a formação de geada é menos provável.
Enquanto isso, em outras partes do Brasil, como no Centro-Oeste e Norte, o clima permanece seco e quente, com previsão de temperaturas altas, chegando a 32ºC em Cuiabá (MT) e até 39ºC em Palmas (TO).
Mais de 1,7 mil municípios brasileiros foram gravemente afetados pela seca desde o ano passado, com cerca de 404 cidades enfrentando seca extrema e 1.361 a seca severa, conforme dados da planilha de classificação de seca nos municípios, segundo o Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Apenas na região Norte, há previsões de pancadas de chuva isoladas, mas o tempo quente predomina, com máximas acima dos 30ºC.
O tempo seco aumenta o risco de incêndios florestais em diversas áreas, principalmente do Centro-Oeste onde tem se verificado vários focos nos últimos dias. A baixa umidade relativa do ar e a ausência de chuvas significativas nas últimas semanas criam condições favoráveis para a propagação rápida de focos de incêndio, representando uma ameaça adicional para o meio ambiente e a agricultura. Autoridades locais recomendam atenção redobrada e medidas preventivas para evitar que pequenas queimadas se transformem em grandes incêndios, especialmente em áreas de vegetação seca e florestas.
(Fonte: Pensar Agro)