A doença de Newcastle tem atraído a atenção de criadores de aves e consumidores no Brasil após a confirmação de um foco do vírus em estabelecimento de avicultura comercial de corte, no município de Anta Gorda (RS), no último dia 17. Contudo, é essencial esclarecer que o consumo de carne de frango e ovos no país continua seguro e que a doença não traz riscos à saúde humana.
Causada pelo vírus da família Paramyxoviridae, a doença pode se manifestar de formas variadas, desde sintomas leves até casos graves que resultam em alta mortalidade das aves afetadas, como frangos, galinhas, perus e pombos. Os principais sinais clínicos incluem problemas respiratórios, diarreia, e incoordenação motora. A transmissão ocorre pelo contato direto com aves infectadas, secreções ou fezes contaminadas.
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Apesar da gravidade da doença para as aves, a auditora fiscal federal agropecuária aposentada, Márcia Villa, afirma que a Newcastle não representa uma ameaça direta à saúde humana. “O vírus responsável por essa enfermidade não é transmissível para os humanos através do consumo de carne de frango ou ovos”, frisou.
Segundo a auditora, se uma pessoa tiver contato com a ave contaminada, pode no máximo apresentar alguns sintomas leves de gripe. “O único impacto negativo aos humanos está associado principalmente ao contato direto com aves infectadas, onde pode causar sintomas leves semelhantes a uma gripe”, explicou.
No Brasil, a segurança do consumo de carne de frango e ovos é assegurada por rigorosos sistemas de controle sanitário. O país é um dos maiores produtores e exportadores de carne de frango do mundo, e os produtos passam por um extenso processo de inspeção e controle de qualidade. As granjas e frigoríficos brasileiros seguem normas internacionais de biossegurança, que incluem vacinação das aves, monitoramento constante de doenças e procedimentos de desinfecção rigorosos.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são responsáveis pela supervisão das práticas de produção e processamento de alimentos de origem animal. Essas instituições garantem que a carne de frango e os ovos comercializados no mercado brasileiro atendam a todos os padrões de segurança alimentar.
De acordo com Márcia Villa, a população também pode tomar medidas simples para garantir a segurança alimentar em suas casas. “A principal recomendação é para que o consumidor cozinhe adequadamente a carne de frango e os ovos, o que elimina qualquer patógeno que possa estar presente nos alimentos”, orientou a auditora.
(Com Assessoria Anffa Sindical)