A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou, nesta quarta (3), o Fórum da Liderança Sindical Feminina, na sede da entidade, em Brasília (DF).
O Fórum busca ampliar as oportunidades de atuação feminina nos cenários político, técnico e institucional, destacando a importância da representatividade de classe e o potencial do sistema sindical rural feminino na defesa do produtor rural. Em mensagem na abertura do primeiro Fórum da Liderança Sindical Feminina, na quarta (3), o presidente da CNA, João Martins, falou da importância da atuação das mulheres para fazer o agro, o sistema sindical e um Brasil cada vez melhor.
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O evento foi organizado pela Comissão Nacional das Mulheres do Agro da CNA, e reúne representantes das 18 Comissões Estaduais, além de lideranças sindicais rurais femininas. O Paraná esteve representado com um grupo de mulheres paranaenses. A jornalista Sirlei Benetti, Ceo do Portal Sou Agro, participou do cerimonial.
As lideranças femininas participaram ao longo do dia de uma programação que contou com a realização de painéis em formato de mesa redonda e uma oficina sobre a representatividade rural. O evento também teve um espaço de vivência, onde as participantes puderam conhecer mais sobre a atuação do Sistema CNA/Senar.
Na mensagem enviada ao Fórum, Martins disse que desde a criação da Comissão, em agosto de 2022, foram várias conquistas e resultados expressivos, sempre em busca de aumentar a presença e a representatividade feminina no sistema sindical, a renda e a qualidade produtiva na agropecuária realizada por mulheres no campo.
O presidente da CNA lembrou que os grupos estaduais do Sistema CNA/Senar em atuação passaram de 3 para 18 desde a sua criação e que, apesar de “estarmos no início da jornada”, é um fato inquestionável a presença cada vez maior de mulheres na direção e organização de propriedades e de empresas rurais.
“Temos que frisar a importância da mulher em querer fazer um agro mais eficiente, é isso que nós precisamos, é nisso que vocês estão contribuindo e podem contribuir cada vez mais. Que nessa reunião possamos trazer novos rumos não só para o agro, não só para o sistema sindical, mas acima de tudo para um Brasil melhor”.
Ao discursar na abertura, a senadora Tereza Cristina falou da sua experiência no setor e na política e agradeceu ao presidente João Martins e ao diretor-geral do Senar, Daniel Carrara, por serem entusiastas e apoiarem o trabalho e a liderança das mulheres.
Segundo ela, não foi uma trajetória fácil para superar dificuldades até conseguir ganhar a confiança necessária para realizar seu trabalho e ser respeitada. Ela disse ainda que é preciso as mulheres ocuparem cada vez mais espaços.
“Precisamos querer e precisamos estar na política, no Legislativo, no Executivo, na política sindical também, para mudar a vida das pessoas.”
Ao finalizar seu discurso, a senadora afirmou: “Não desistam, busquem o que vocês querem. Nós fomos feitas para ultrapassar barreiras.”
Ao dar as boas-vindas às participantes do Fórum, Daniel Carrara falou de como o exemplo da sua mãe foi fundamental na sua trajetória e na sua carreira profissional, mostrou como as mulheres ocupam espaços no Sistema CNA/Senar e enumerou as iniciativas espalhadas pelo país, como a Comissão Nacional das Mulheres do Agro, que incentivam essa participação.
“Hoje eu tenho o prazer de dizer que o Sistema CNA/Senar é a casa da produtora rural. Vocês, juntas, estão aqui para colocar o agro no patamar que ele deve estar, que é no topo”, afirmou Carrara.
A presidente da Comissão Nacional das Mulheres do Agro da CNA, Stéphanie Ferreira, também destacou a relevância do evento, agradeceu às representantes estaduais e convidadas presentes, e fez um relato da trajetória e dos trabalhos realizados pela Comissão.
Segundo Stéphanie, as conquistas só foram possíveis pelo trabalho executado dentro dos objetivos propostos e dos eixos de atuação da Comissão que são o desenvolvimento de lideranças femininas, o apoio a grupos estaduais e a representação política e técnica.
“Esse trabalho que fazemos no Sistema CNA/Senar é para que tenhamos cada vez mais mulheres ocupando espaços. Cada uma de nós sabe como devemos ser resilientes nessa jornada. E somos”, disse.
(Com CNA)