Opinião/Informação:
Essas notícias que estão nas mídias local, nacional e internacional desanimam, pois é um caminho que está sendo iniciado no Amazonas (depois de 27 anos de enrolação) e já confirmam que não haverá “CRÉDITO DE CARBONO” seguro no Amazonas sem antes termos a REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA. Eu aprendi ouvindo várias lideranças do AGRO, incluindo o engenheiro agrônomo Fabiano Afonso, ele sempre me disse: “Thomaz, primeiro a regularização fundiária“.
Crédito de Carbono começou em 1997 (matéria abaixo), então, já temos 27 anos com o caboclo preservando, e os atuais atores da área ambiental do estado na mídia prometendo para daqui mais 30 anos. Se analisar bem esse processo, vai até passar de 30 anos.
E tem mais: Embora sejamos o último lugar no acesso ao crédito rural, inclusive nos AGROECOLÓGICOS, agora o MPF, atendendo “denúncia do GREENPEACE” recomenda que cancele o crédito rural nas áreas de conservação da Amazônia.
O MPF-AM deveria recomendar que todo recurso internacional seja direcionado para a regularização fundiária, deve perguntar o que foi feito com os R$ 3 bilhões que foram para ONGs cujas ações envolveram povos e comunidades tradicionais (público que o MPF tem que defender). A entrevista com o ex-superintendente da PF, delegado Alexandre Saraiva, o que ele disse, penso ter mais força, mais embasamento do que o GREENPEACE. O delegado diz claramente o que acontece no Amazonas. Vamos punir os ilegais, e fazer andar rapidamente as ações legais que geram renda, preservam e garantem a segurança alimentar de quem aqui vive. O certo não pode pagar pelo errado. O crédito rural é importante dentro e fora das Unidades de Conservação. Como vão fazer a tal bioeconomia sem acesso ao crédito rural? O delegado já disse que tem satélite para acompanhar tudo, e disse quem faz o ilegal no Amazonas é organização criminosa de GRANDE PODER E INFLUÊNCIA. Esse deve ser punido, não o produtor rural. O MPF-AM deveria recomendar o ZEE no Amazonas, afinal, é um política nacional de meio ambiente que protege povos e comunidades tradicionais.
O Estado, a ALEAM tem que ter maior diálogo para encontrar saídas, jamais silenciar, e deixar travar cada vez mais. Com esse total silêncio, é melhor não ter ALEAM.
Sem regularização fundiária ampla, séria e urgente cada vez mais teremos travas e empobrecimento que já está em 65.6% da população.
Diálogo urgente! Povo com fome piora na saúde, educação e segurança. Josué de Castro já nos disse: metade não dorme porque tem fome, a outra metade não dorme com medo da que tem fome. Não podemos seguir esse caminho!
https://bncamazonas.com.br/municipios/preso-empresario-fraude-credito-carbono-labrea-amazonas/