Em uma área de 3.200 hectares, o produtor rural Diego Dallasta se prepara para iniciar, na próxima semana, a colheita do gergelim – cultura que sua família cultiva há mais de trinta anos na região de Canarana MT, conhecida como a Capital do Gergelim no Brasil. O município é o maior produtor nacional do grão e semeou na atual safra mais de 50 mil hectares.
Diego Dallasta, que também cultiva soja e milho, optou pelo gergelim como uma cultura de segunda safra. Segundo ele, a decisão foi acertada e a safra está transcorrendo de forma satisfatória, beneficiada pelo clima favorável da região. Ele espera colher 500 kg por hectare.
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Segundo Dallasta, a versatilidade do gergelim, o torna uma opção interessante como cultura secundária, sendo plantado geralmente de janeiro a março, sucedendo à cultura principal. Desta forma, a colheita do gergelim é estrategicamente programada para a época de estiagem, coincidindo com o ciclo da cultivar, que pode variar de 90 a 110 dias, após a semeadura. “O gergelim tem boa adaptação em regiões com baixo índice pluviométrico, pois é uma oleaginosa tolerante à seca”.
Uma característica peculiar do gergelim, segundo ele, é sua delicadeza. Os produtores lidam com uma cultura que pode resultar em perdas significativas na colheita devido à abertura das cápsulas antes do momento ideal. Essa peculiaridade exige adaptações nas máquinas de colheita, utilizando as mesmas colhedoras de soja com pequenas modificações.
Embora seja uma cultura rentável, os produtores ainda enfrentam desafios significativos para sua consolidação. “Os produtores lidam com questões de manejo e enfrentam dificuldades que só podem ser superadas por meio de pesquisas contínuas”, diz Dallasta, que também integra a diretoria da Aprosoja (MT).
Outro aspecto importante é a questão da umidade em período de colheita. Apesar do alto teor de óleo no grão, que chega a cerca de 50%, a umidade da colheita é mantida abaixo de 6%. “Se colhido com umidade adequada, o produtor pode entregar o gergelim diretamente às empresas sem a necessidade de secagem”, afirma o produtor.
De acordo com Dallasta, o armazenamento dos grãos é outro ponto crucial para preservar sua qualidade. O local escolhido deve ser seguro, seco e permitir aeração adequada. “A umidade e a temperatura é um fator importante para uma boa qualidade das sementes durante o armazenamento”, acrescenta Dallasta, que possui aparelhos medidores de umidade de grãos da Motomco na propriedade para monitorar o grão nesta época de colheita.
O engenheiro agrônomo Roney Somolareck, da Loc Solution, empresa detentora da marca Motomco de medidores de umidade de grãos, observa que o controle de qualidade do gergelim é fundamental e faz toda a diferença na hora de comercializar o produto, quando monitorado de perto com um equipamento adequado. “A Motomco é especializada em fornecer medidores de umidade de grãos, que são ferramentas essenciais para os agricultores durante a colheita”, pontua Smolareck.
Segundo ele, esses dispositivos permitem que os produtores determinem o teor de umidade dos grãos, o que ajuda a evitar perdas de colheita, além de assegurar que os grãos estejam no ponto ideal para processamento ou venda. “A precisão desses medidores é fundamental para garantir a qualidade e a segurança alimentar, além de contribuir para a eficiência econômica da produção agrícola”, enfatiza Smolareck.
O município de Canarana abriga mais de dez empresas ligadas ao setor, incluindo tradings especializadas em receber gergelim. O mercado é dominado pelas exportações, com apenas 1% a 2% do produto consumido no Brasil. A demanda internacional tem impulsionado a produção local, que vem atingindo uma média de 500 quilos por hectare.
(Com Assessoria/Motomco)