Opinião/Informação:
Eu avisei no dia da solenidade de entrega da licença pelo IPAAM que ações contra estariam a caminho. Hoje, vi no site do MPF que eu não estava errado, vi o pedido de suspensão das recentes licenças concedidas para o projeto POTÁSSIO DO BRASIL pelo IPAAM/SEMA. Nunca vou defender ilegalidade, não é minha praia, mas não entendo, não acho compreensível que em 15 anos, o MPF, a SEMA e demais atores envolvidos não tenham finalizado as consultas e avaliações de um empreendimento que vai ajudar na produção de alimentos do Amazonas e do Brasil. Que vai gerar emprego no interior entregue à fome, prostituição, drogas e narcotráfico. É inadmissível esse vai e volta, esse anda e para.
Se eu fosse o governador Wilson Lima faria uma limpa em toda a área ambiental do Estado diante desse novo acontecimento, de novo retrocesso. Isso mostra a incapacidade da área pública ambiental do Amazonas para fazer acontecer um empreendimento que o governador chamou, hoje, em Nova York de “exploração verde do potássio”. Sempre bom lembrar que no dia da concessão da licença ambiental o titular da SEMA quase nem apareceu, ficou na plateia, na segunda fila. Pergunto: Como um assunto desse tamanho, da importância ao Brasil, como pode o titular da SEMA ter passado tão timidamente quando entregaram a licença Ambiental? Será que já sabia que isso ia acontecer hoje? Acho que não! Ou será que os financiadores do Fundo Amazônia não querem vê-lo envolvido com mineração, que é feita nos países poluidores e que aqueceram o planeta.
Ou Wilson muda o time ambiental, ou vai sair do governo sem o Potássio, sem crédito de carbono, sem REDD+, sem concessão florestal e sem ZEE. O pior, vão colocar no colo do governador Wilson todo o descaso nesses temas que vem desde 2003. Vão dizer que deixaram tudo redondinho em 2018, e que foi o Wilson Lima que não soube tocar. Eu sei que não foi porque vivo o setor desde 1982. Eu sei onde está a trava. Eu estou avisando!
Por fim, outro aspecto que me deixa triste em ver esse assunto mais uma vez travado, se arrastando, e porque a população indígena vive, hoje, no Amazonas, em precárias condições de saúde, educação e segurança. Dependentes de rancho, e nem assim, em 15 anos, não encontraram uma saída “verde” para o potássio no Estado mais verde do planeta, mas travado e cheio de GOL CONTRA.
THOMAZ RURAL