Na internet, em sua página oficial, o Movimento Sem Terra (MST) deixa claro que este é um período de mobilizações de caráter massivo, com marchas, protestos, ações de formação entoando o lema: “Ocupar, para o Brasil Alimentar!”. “Ao longo deste mês, estão previstas atividades em todas as grandes regiões do país, tendo como principais dias de luta o período entre 15 a 19 de abril.
E foi assim que a semana começou. Primeiro a fazenda em Itabela, no extremo sul da Bahia, depois em Petrolina, em Pernambuco. Também foram confirmadas ocupações de áreas nesta segunda-feira (15) nos estados do Ceará, Goiás, São Paulo, Pará, Rio de Janeiro e Distrito Federal, onde mil famílias do movimento ocupa uma área de 8 mil hectares da usina CBB, em Vila Boas de Goiás.
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MST volta a ocupar áreas da Embrapa em Petrolina
Em Goiás o governador Ronaldo Caiado (União), informou que acionou a tropa de choque para conter as invasões. O MST já contabiliza ao menos 21 invasões neste mês durante o chamado Abril Vermelho. Até agora nove foram confirmadas.
“Minha tropa de choque está na região, já fizemos um bloqueio de um ônibus. Estamos com força de segurança e inteligência, vamos bloquear os ônibus que estão indo para a invasão. Se ele chegarem lá, vamos levar para a delegacia para fazer o boletim de ocorrências”, disse Caiado.
O Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Rio de Janeiro, realizou nesta segunda-feira (15), uma ocupação com cerca de 300 famílias, às margens da BR 101, no município de Campos dos Goytacazes-RJ. Na região norte do município, agentes fizeram operação conjunta. A polícia marcou presença para coibir conflito e proibir invasões ilegais.
Entre as propriedades invadidas pelo MST, estão áreas de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), ambas ligadas ao Ministério da Agricultura, e, portanto, do governo federal.
Em São Paulo o govenador Tarcísio de Freitas disse que o estado não vai permitir invasões de terras. No estado houve registros em Agudos e Campinas. O governador informou que elas já foram desmobilizadas.