O mercado físico do boi gordo se aproxima do final de março amargando quedas no preço da arroba.
De acordo com o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o mercado de boi conviveu com mais um mês de quedas nas cotações, em meio ao bom posicionamento das escalas de abate por parte dos frigoríficos.
Ele ressalta, contudo, que na última semana o quadro começou a virar, com o pecuarista cadenciando o ritmo de negócios e conseguindo alguma recuperação nos preços.
Ainda assim, conforme Iglesias, o segundo trimestre de 2024 deverá ser pautado por um quadro de pressão de oferta, especialmente entre os meses de maio e junho.
Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do país estavam assim no dia 27 de março:
- São Paulo (Capital) – R$ 225,00 a arroba, queda de 2,17% frente ao fechamento de fevereiro, de R$ 230,00.
- Goiás (Goiânia) – R$ 215,00 a arroba, baixa de 1,38% ante o encerramento de fevereiro, de R$ 218,00.
- Minas Gerais (Uberaba) – R$ 220,00 a arroba, retração de 4,38% frente aos R$ 230,00 praticados no final de fevereiro.
- Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 220,00 a arroba, sem alterações ante o final de fevereiro.
- Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 210,00 a arroba, inalterado frente ao final de fevereiro.
Atacado
Iglesias destaca que o mercado atacadista apresentou preços mistos ao longo de março. A demanda mais firme para os cortes dianteiros do boi, mais acessíveis a grande parcela da população, contribui para a valorização.
O quarto dianteiro foi cotado em R$ 13,20 por quilo, alta de 3,12% frente aos R$ 12,80 praticados no final do mês passado.
Já o quarto traseiro foi precificado a R$ 17,10 por quilo, recuo de 5,00% frente aos R$ 18,00 por quilo do final de fevereiro.
Exportações
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 633,396 milhões em março (16 dias úteis), com média diária de US$ 39,587 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 139,942 mil toneladas, com média diária de 8,746 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.526,60.
Em relação a março de 2023, houve alta de 52,1% no valor médio diário da exportação, ganho de 61,7% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 5,9% no preço médio.
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