Desenvolvimento rural sustentável do bioma pantanal, esse foi o foco da reunião entre representantes da Embrapa, da Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável (ABPO), da IDH – uma fundação que atua para transformação de mercados – e de órgãos públicos de Mato Grosso do Sul.
“Discutimos temas de relevância para o cenário atual da pecuária de corte, especialmente, sustentabilidade, inclusão produtiva e segurança alimentar, a partir do uso de ferramentas de rastreabilidade”, conta Antonio Rosa, chefe-geral da Embrapa Gado de Corte (Campo Grande-MS). Ao final da visita, Rosa afirma que ficou evidente a oportunidade de cooperação entre as instituições a fim de expandir os sistemas de produção de gado de corte, de forma sustentável.
- Defesa sanitária vegetal utiliza drones para identificar doenças em pomares
-
Peixe na merenda escolar gera otimismo na aquicultura do Paraná
A Embrapa Gado de Corte, a Embrapa Pantanal (Corumbá-MS) e a Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados-MS) têm parcerias em andamento com a ABPO e também com a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO) e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), entidades públicas presentes no encontro.
“Esse é o início de uma discussão positiva e importante para o setor, pois entendemos que é necessária uma definição de critérios específicos para o bioma Pantanal com a estruturação de um plano que tenha participação de atores públicos e privados, entidades de produtores, empresas, prestadores de serviços, instituições financeiras e entidades da sociedade civil comprometidos com essa agenda”, adicionou Paulo Costa, especialista em sistemas de rastreabilidade na IDH.
Eduardo Cruzzeta, presidente da ABPO, ponderou que foram traçadas estratégias “para a valorização da pecuária pantaneira com foco principal na pecuária de cria, que é a atividade mais importante hoje de geração de renda, no Pantanal. Porém é a atividade que ainda tem dificuldades de agregar valor ao seu principal produto, que são os bezerros pantaneiros e juntos discutimos formas de levar essa assistência técnica para os pecuaristas pantaneiros, principalmente os criadores, que é a rastreabilidade e valor agregado para essa produção”;
A IDH e a ABPO já possuem um termo de parceria para implementar uma agenda de longo prazo de uso sustentável do solo que promova a produção sustentável, a atração de investimentos públicos e privados e a abertura de mercados consumidores globais. A Embrapa, por sua vez, pretende com a IDH ampliar as ações direcionadas à conservação dos recursos naturais, alinhando expectativas e visão sobre a rastreabilidade de bovinos no bioma.
Os gestores e especialistas, Eduardo Cruzzeta, presidente, e Silvio Balduino, diretor-executivo da ABPO; Daniela Mariuzzo, diretora–executiva, e Paulo Costa, especialista em sistemas de rastreabilidade da IDH; Jacqueline Oliveira, Janine Almeida, Fabrício Weber e Rubens Rondon da Iagro; Gladys Rachel e Marcio Boza da Semadesc; Antônio Rosa, Mariana Aragão, Marcelo Pereira, Eriklis Nogueira, Davi Bungenstab e Pedro Paulo Pires da Embrapa Gado de Corte e Urbano Abreu da Embrapa Pantanal participaram do encontro técnico.
Por Embrapa