Gadolando fez pré-lançamento da feira nesta segunda-feira, 28 de agosto, na Expointer
A Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando) realizou nesta segunda-feira, 28 de agosto, na Expointer, o happy hour “Leite com Café” para o pré-lançamento da Fenasul Expoleite 2024. O evento contou com a presença de autoridades do agro, criadores e entidades representativas da cadeia produtiva do leite. A Fenasul Expoleite será realizada de 15 a 19 de maio do ano que vem, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS).
Conforme o presidente da Gadolando, Marcos Tang, a antecedência na divulgação da feira serve para iniciar os preparativos bem como para atrair mais entidades para o evento, que já é tido como uma “Expointer em miniatura “.
“Não dá para comparar com a Expointer, que é uma festa magna. Mas para nós, a Expoleite é uma feira mais enxuta, mais atraente para o produtor. Costumamos trazer mais animais, mais expositores e termos no segmento leite uma representação maior. Fazemos esse pré-lançamento com antecedência para podermos contar com mais parcerias, mais colegas produtores, mais raças”, revelou Tang.
O presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), João Francisco Bade Wolf, apoia a estratégia. Ele mesmo se apresenta como agente de mobilização de criadores para o evento da Gadolando.
“É durante a Fenasul que ela tem seus campeonatos grandes. O Jersey vem bastante, as raças mistas vêm. Já tivemos Angus, e para 2025 já está programada a vinda de um mundial de Hereford. Também tivemos exposição de Simental e, agora, ouvimos falar que o gado Normando também virá. É importante que venham as raças. Esses dias, estava conversando com o pessoal do Brangus para virem. Seria importantíssimo que tivéssemos um crescimento do número de raças em exposição para mostrar a pujança da Fenasu”, comentou Wolf.
Marcos Tang antecipou que a ambição da Gadolando é fazer no ano que vem uma feira tão boa quanto a realizada em 2023. O evento, realizado em maio passado, teve recorde de público – 100 mil pessoas em cinco dias ante média anterior de 30 mil visitantes -; bom volume de negócios com a produção animal e sucesso na venda de produtos da Agricultura Familiar, que faturou R$ 252 mil, e da Multifeira, que arrecadou R$ 4,6 milhões.
Outra motivação para o pré-lançamento é um “trabalho psicológico” junto aos integrantes da cadeia produtiva do leite, setor que, segundo Tang, “está apanhando há muitos anos”. Ele conta que na última década, 70 mil produtores de leite abandonaram atividade no Rio Grande do Sul – sendo que 22 mil desistiram entre 2022 e 2023. Uma queda drástica no mesmo período em que a importação de leite do Mercosul subiu 230%.
“São números, não estamos inventando. O preço médio pago ao produtor é de R$ 2,17, e o preço de custo calculado aqui na Expointer, é de R$ 2,25. Não precisa ser matemático para entender. O setor está em dificuldade e é só nossa esperança que faz crer que tudo melhorará e, por isso, continuamos investindo em nossas vacas e em nossas matrizes”, finalizou Tang.
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