As altas temperaturas não ajudaram na colheita da soja. Os produtores contabilizam perdas em muitas regiões do país. “Na nossa região a colheita foi razoável, mas em razão do período seco, o ciclo foi muito menor, teve algumas perdas, e o preço também não tem ajudado o produtor”, avalia o diretor técnico da AREAC (Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos), João Henrique Caetano.
Os custos de produção também foram desafios nessa última safra. “São três fatores principais que influenciaram na safra: perda de rendimento, preço baixo e custos altos de insumo e mão de obra. Na nossa região que é predominante agrícola poderemos sentir uma diminuição dessa atividade econômica, tendo em vista que mesmo que os produtores colham bem, eles não tem tanto fôlego para fazer novos investimentos”, afirma.
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O preço da soja de acordo com João é um dos menores comparado aos últimos anos. “O preço está muito baixo, em muitas propriedades avaliamos que o produtor não terá perdas, mas também não teve nenhuma sobra, colheu o custo da produção”, comenta.
E com essas perdas, muitos produtores agora tem expectativas para o milho safrinha. “Como esse ciclo foi adiantado, a época do plantio do milho entre janeiro e fevereiro é excelente. O clima tende a ter mais chuvas e a colheita deve ser muito boa”, ressalta João.
A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, atualizou os dados sobre as perdas na safra paranaense de verão 2023/2024 em decorrência do clima. O Estado deve colher 21,12 milhões de toneladas de grãos em uma área de 6,2 milhões de hectares. No relatório de janeiro, estimava-se um volume de 22,1 milhões de toneladas.
Por Assessoria