Veja como o tempo deve se comportar no período entre 19 e 23 de fevereiro em todas as regiões do Brasil.
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O ciclone tropical Akará continua atuando próximo à região, deixando o mar agitado e provocando ressaca na faixa litorânea. A tendência é de que ele se afaste da costa a partir de quinta-feira (22), não trazendo maiores prejuízos para o Sul do país.
Um vórtice ciclônico de altos níveis (VCAN) atua sobre os três estados, deixando-os sob risco de tempo severo, com possibilidade de vendavais e queda de granizo durante toda a semana.
O volume de chuva será mais elevado no Paraná, onde em cinco dias pode chegar a 50 mm, contribuindo com a boa umidade do solo e socorrendo principalmente os produtores da faixa norte e oeste do estado.
Em Santa Catarina, o volume fica entre 20 e 30 mm, o que favorece os trabalhos em campo.
Atenção no Rio Grande do Sul, devido ao baixo volume de chuva, que deve ficar em torno de 10-15 mm. Essa quantidade não deve repor a umidade do solo nas áreas produtoras. Como agravante, a temperatura no território gaúcho deve se elevar nos próximos dias, chegando a 31 ºC/32 ºC, levando ainda mais estresse às lavouras de verão.
Sudeste
A semana será chuvosa nos quatro estados da região, com risco de temporais devido à atuação de um cavado meteorológico. O sistema potencializa o risco de queda de granizo, com possibilidade de rajadas de vento acima de 50 km/h em todas as áreas.
Os maiores volumes de chuva em cinco dias se concentram em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, onde o total de precipitação pode passar de 100 mm.
Há possibilidade de ocorrência de transtornos nos trabalhos em campo, atrasando principalmente a colheita da soja e deixando a faixa litorânea fluminense e capixaba sob risco de alagamentos e deslizamentos.
Em São Paulo e no Triângulo Mineiro, o volume de chuva deve ficar em torno de 40 mm. Isso deve ajudar a aliviar o calorão e manter a boa umidade do ar, mas é insuficiente para reverter o quadro de déficit hídrico, com impacto ba produtividade das lavouras de verão.
Centro-Oeste
Um vórtice ciclónico de altos níveis (VCAN) produz instabilidades na região durante os próximos dias, levando temporais para os três estados. Há possibilidade de queda de granizo pontual e de rajadas de vento acima de 40 km/h.
O acumulado de chuva em cinco dias deve chegar a 100 mm no centro-norte de Mato Grosso e e norte de Goiás, o que pode atrasar a colheita da soja, mas favorece o desenvolvimento das lavouras semeadas tardiamente.
Atenção para a temperatura elevada que continuará na porção sul de Mato Grosso e no oeste de Mato Grosso do Sul, com máximas girando em torno de 38 ºC/39 ºC. O volume de chuva nessas áreas não deve ultrapassar 20/30 mm, mantendo a situação de restrição hídrica.
Nordeste
O afastamento do ciclone tropical Akará favorecerá a organização de chuvas mais bem distribuídas na região. O volume de precipitação nos próximos cinco dias deve chega a 100 mm no Maranhão, Piauí e Bahia.
Nos demais estados também chove, com volumes na casa de 60 mm no decorrer da semana. O menor volume acumulado deve ser registrado no litoral da faixa leste, com 20 mm. No geral essa condição alivia o calorão em todos os estados, com a umidade favorecendo todos os cultivos em desenvolvimento e a recuperação das pastagens.
Problemas pontuais no Maranhão e no Piauí podem ocorrer, devido ao excesso de chuva, tendo em vista que o solo nessas áreas já se encontrada com bastante reserva hídrica.
Norte
A semana quente e seca agrava a situação de déficit hídrico em Roraima e no noroeste do Pará. As temperaturas máximas devem continuar girando em torno de 35 ºC a 37 ºC, sem previsão de acumulados significativos de chuva.
O tempo chuvoso se mantém no Acre, Rondônia e no sul e leste do Pará. Nessas áreas, o total de precipitação em cinco dias pode chegar a 100 mm, ajudando na manutenção das pastagens e aliviando o calor para o gado em confinamento.
Essa condição, porém, pode atrasar os trabalhos em campo, já que a região vem registrando chuvas em bom volume ao menos nos últimos 15 dias. Os produtores devem ficar atentos ao tratamento fitossanitário, pois o período úmido manterá a pressão de doenças fúngicas sobre as lavouras.