Pressionado pelos produtores do agro, o presidente Emmanoel Macron pediu a suspensão das negociações para o acordo entre a União Européia e o Brasil. Agricultores franceses trancaram estradas para chamar a atenção do governo. O protesto é contra o aumento do preço dos combustíveis e impostos do setor agrícola, o que na visão dos produtores, faz ascirram a competição com o mercado externo.
As tratativas do acordo comercial da União Europeia com o Mercosul é uma das principais críticas. O assunto vem sendo discutido desde 2020. Os produtores rurais da França temem uma concorrência desleal, sobretudo, a partir da entrada de produtos do Brasil, visto neste aspecto, como ameaça.
A manifestação ecoou fortemente. A pressão do setor produtivo fez com que o presidente da França se manifestasse. Macron considerou “impossível” celebrar o acordo.
Brasil
A sombra do Brasil assusta. O Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro afirmou ter enxergado na postura de Macron a preocupação com o protecionismo de seu país. Enquanto o impasse segue entre o Mercosul e a União Europeia, o Brasil volta os olhos para outro mercado promissor. Carlos Fávaro se refere com ênfase ao fortalecimento do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Negociações
Mesmo tendo havido por parte da França a suspensão nas negociações do acordo com o Mercosul, os demais países da União Europeia seguem no diálogo em nível técnico. ” À luz do entendimento da última reunião do Mercosul, as negociações seguem no nível de negociadores-chefes, em nível técnico. É difícil cravar uma data, não faria isso aqui. O que posso dizer é que as conversas seguem”, a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres, em entrevista coletiva para comentar sobre o grupo de trabalho de desenvolvimento e investimento do grupo das 20 maiores economias do mundo (G20). Entre os principais pontos pendentes estão questões ambientais e compras governamentais.