O mercado brasileiro de soja registrou poucos negócios nesta quinta-feira (18). Apesar da reação positiva de Chicago e do dólar em leve alta, as cotações caíram no Brasil.
Conforme analistas de Safras & Mercado, a disparidade entre safra velha e safra nova vai acabando, diminuindo o spread de preços.
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Além disso, o lado vendedor está acuado, com a saca já sendo negociada abaixo de R$ 100 em algumas regiões. O produtores demonstram desânimo, sendo forçados a carregar os custos até que o cenário de preços melhore.
Preços da saca de 60 kg
- Passo Fundo (RS): baixou de R$ 123,50 para R$ 123
- Região das Missões: caiu de R$ 124 para R$ 122
- Porto de Rio Grande: se manteve em R$ 123
- Cascavel (PR): caiu de R$ 111 para R$ 110
- Porto de Paranaguá (PR): desvalorizou de R$ 122 para R$ 121
- Rondonópolis (MT): seguiu em R$ 109
- Dourados (MS): estabilizou em R$ 104
- Rio Verde (GO): permaneceu em R$ 105
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais altos.
O dia foi de consolidação, com os agentes procurando fatores técnicos para assegurar a recuperação. Mas o movimento segue limitado pelo cenário fundamental.
Há certa preocupação ainda com os problemas climáticos e o impacto sobre a safra brasileira. No entanto, em contexto mais amplo, a oferta global seguirá volumosa, devido à recuperação da safra argentina, que mais que compensará qualquer prejuízo de produtividade no Brasil.
A recente valorização do dólar frente a outras moedas é outro ponto de atenção. Com a alta da moeda americana, a soja brasileira fica cada vez mais competitiva. Com isso, os compradores chineses deverão centralizar suas compras na América do Sul.
A demanda pela soja dos Estados Unidos está cada vez mais perdendo ritmo. Amanhã (19) serão divulgados os embarques semanais americanos e o mercado aposta em número entre 400 mil e 900 mil toneladas.
Contratos futuros
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 7,75 centavos de dólar, ou 0,64%, a US$ 12,13 1/2 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 12,24 1/4 por bushel, com ganho de 6,00 centavos ou 0,49%.
Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com alta de US$ 2,60 ou 0,72% a US$ 361,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 47,62 centavos de dólar, com baixa de 0,08 centavo ou 0,16%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,04%, sendo negociado a R$ 4,9316 para venda e a R$ 4,9295 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,9126 e a máxima de R$ 4,9558.