A cafeicultura é uma atividade complexa que demanda um cuidado especial, principalmente no que diz respeito ao tratamento foliar.
Neste artigo, vamos explorar as melhores práticas para o controle de pragas e doenças que afetam as lavouras de café durante a entressafra.
Pressões e desafios
Broca e lagartas
A broca-do-café é uma das pragas mais prevalentes, especialmente quando os frutos alcançam o tamanho chumbão em torno de outubro.
A pressão aumenta consideravelmente nos meses de janeiro e fevereiro, principalmente devido à falta de chuvas.
Além disso, lagartas tornam-se uma ameaça a partir de março, migrando das grandes produções de soja e milho. Este fenômeno pode causar danos significativos às plantações de café.
Regiões de alta e baixa pressão
É crucial distinguir entre regiões de alta e baixa pressão. Nas áreas de alta pressão, a atenção deve ser redobrada entre setembro e janeiro, e novamente de maio a julho. A redução da temperatura e a umidade mais elevada nesses períodos favorecem o surgimento de doenças.
Por outro lado, regiões de baixa pressão são mais propícias a doenças em torno de maio e durante a florada.
Estratégia de tratamento foliar
Para enfrentar esses desafios, é essencial implementar um tratamento foliar completo.
Em média, são realizadas seis pulverizações, mas isso pode variar dependendo das condições específicas da lavoura.
Agosto: proteção da florada
A primeira pulverização, em agosto, tem como foco a proteção da florada. Fungicidas são aplicados nesse momento, buscando proporcionar uma defesa robusta.
Setembro: ataque de bicho-mineiro
Em setembro, a segunda aplicação é direcionada para combater o ataque de bicho-mineiro. Inseticidas de choque, como fosforados, são utilizados para mitigar esse problema.
Outubro a novembro: controle de ferrugem
A terceira pulverização, entre outubro e novembro, visa o controle da ferrugem. As fungicidas carboxamidas têm se mostrado eficazes nessa etapa.
Em locais mais adiantados, já na fase chumbão, entra-se com o tratamento para a broca, utilizando inseticidas específicos.
Segunda abordagem para ferrugem
Após 50 a 55 dias, a quarta pulverização é realizada, focando novamente na ferrugem, desta vez com triazol.
Fevereiro a março: terceira abordagem para ferrugem
Após cerca de 45 a 50 dias da pulverização anterior, entra a quinta pulverização, terceira focada em ferrugem, também com trizol.
Nessa fase também é interessante utilizar algum inseticida que vai dar um residual de controle do bicho-mineiro na folha.
Abril: proteção para o período mais seco
A última aplicação, em abril, serve como uma camada de proteção adicional para o período mais seco, com foco em ferrugem ou fungicidas preventivos.
Variações nos tratamentos
Em casos onde a pressão de pragas é menor, adaptações podem ser feitas. Por exemplo, em regiões de menor pressão de phoma, a aplicação na florada pode ser reduzida, focando apenas na multiplicação da floração.
Considerações finais
Entender e planejar cada etapa do tratamento foliar é fundamental para o sucesso da produção de café.
As janelas de aplicação devem ser rigorosamente respeitadas, garantindo resultados ótimos no controle de pragas e doenças.
Ao seguir essas estratégias, produtores podem alcançar uma lavoura mais saudável e produtiva, mesmo durante a entressafra.
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