Queijo de Autazes conquista selo de Indicação Geográfica
A entrega simbólica da certificação ocorrerá durante a Feira do Empreendedor 2024, que acontecerá nos dias 19, 20 e 21/09, no Clube do Trabalhador
O queijo de Autazes acaba de receber o selo de Indicação Geográfica (IG) do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), com o apoio do SEBRAE Amazonas e parceiros. O reconhecimento, concedido na terça-feira (10), legitima oficialmente a qualidade e as características únicas do produto, reforçando a importância da região no cenário produtivo nacional.
O processo para a obtenção do selo de Indicação de Procedência (IP) foi fruto do trabalho conjunto de diversas entidades, como o SEBRAE-AM, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), o Fórum Amazonense de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas e as entidades que o compõe, a Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), a Federação da Agricultura do Estado do Amazonas (FAEA), a Prefeitura de Autazes e a Associação dos Produtores de Queijos de Autazes (Aproqueijo).
O SEBRAE-AM apoia os agricultores e pecuaristas do município com capacitações, workshops, missões técnicas e palestras, além de viabilizar a participação dos produtores em feiras e visitas técnicas. O objetivo não é apenas aprimorar os processos de produção, mas também garantir que as queijarias da região se adequem às licenças sanitárias, como o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), cuja implantação no município é resultado de uma parceria entre o SEBRAE-AM e a Prefeitura de Autazes.
Para o Presidente do Conselho Deliberativo do SEBRAE-AM, Antonio Carlos da Silva, o selo de Indicação Geográfica representa um grande avanço não só para os produtores de Autazes, mas também para a valorização dos produtos regionais do Amazonas.
“O selo de Indicação Geográfica do queijo de Autazes representa um marco na valorização dos produtos do interior do Amazonas. É o resultado de um esforço conjunto, que une tradição, inovação e desenvolvimento sustentável. O SEBRAE-AM tem orgulho de fazer parte desse momento, que reforça o potencial da nossa economia e amplia as oportunidades para os pequenos produtores.”
O selo é uma vitória para os pequenos produtores, que agora possuem uma garantia adicional de qualidade e autenticidade para oferecer aos consumidores, como explica a Diretora Superintendente do SEBRAE-AM, Ananda Carvalho. “Para nós, do SEBRAE, é uma satisfação contribuir com os produtores da região. Esse reconhecimento do INPI chancela um trabalho de alta qualidade e abre portas para que o produto se consolide em mercados mais exigentes, garantindo maior valorização e agregando valor à cadeia produtiva local”.
A Diretora Técnica do SEBRAE-AM, Lamisse Said, reforça. “A conquista do selo de IG é uma demonstração clara do compromisso que temos em fortalecer as cadeias produtivas locais. Para além do reconhecimento da qualidade, este selo cria novas possibilidades de mercado para os produtores de Autazes, trazendo visibilidade e valorização ao produto. Nossa missão é continuar apoiando o aprimoramento técnico e a inserção desses produtos em mercados cada vez mais exigentes”.
A Diretora Administrativa e Financeira do SEBRAE-AM, Adrianne Gonçalves, complementa. “O selo de Indicação Geográfica vai além de um certificado de origem; ele agrega valor à produção local, gerando mais renda e estimulando o crescimento econômico da região. O SEBRAE-AM continuará trabalhando para que iniciativas como essa tragam benefícios diretos aos produtores, ampliando as oportunidades e contribuindo para o desenvolvimento sustentável do interior do Amazonas”.
Para celebrar a conquista, haverá uma cerimônia em data a ser definida durante a Feira do Empreendedor 2024 (FE24), que acontecerá nos dias 19, 20 e 21 de setembro, no Clube do Trabalhador, das 13h às 21h. Durante os três dias de evento, o produto terá um espaço de destaque, ao lado de outras IGs reconhecidas no estado, como a farinha de Uarini, os peixes ornamentais do Rio Negro, o abacaxi de Novo Remanso, o pirarucu de Mamirauá, o guaraná de Maués, o guaraná Andirá-Marau e o açaí de Codajás.
Tradição local – A produção de queijo em Autazes é uma prática histórica, intimamente ligada à atividade pecuária que impulsiona a economia local desde o século XIX. Conhecida como a “Cidade do Leite e do Queijo”, Autazes abriga mais de 70 mil cabeças de gado, manejadas por cerca de mil criadores, muitos deles pequenos agricultores familiares. Essa tradição se reflete na qualidade do queijo coalho, que ganhou destaque pela sua produção em queijarias flutuantes – uma solução criativa para lidar com as cheias sazonais dos rios que cortam o município.