Pelo quarto ano consecutivo, o Paraná foi considerado o estado mais sustentável do Brasil, obtendo nota máxima no Ranking de Competitividade dos Estados divulgado nesta quarta-feira (21) pelo Centro de Liderança Pública (CLP). O desempenho em sustentabilidade ambiental, somado à melhora em outros segmentos analisados pelo estudo, fez com que o Paraná mantivesse a 3ª colocação na classificação geral e se aproximasse de São Paulo e Santa Catarina, que figuram na 1ª e 2ª posição, respectivamente.
As informações completas do Ranking de 2024 foram divulgadas durante o XIII Congresso Consad de Gestão Pública, que reúne 16 governadores e centenas de secretários estaduais e gestores públicos no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Entre os participantes está o governador Carlos Massa Ratinho Junior, que comemorou os resultados obtidos pelo Paraná.
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“Mais uma vez, o Paraná é destaque no Ranking de Competitividade dos Estados, em especial na sustentabilidade ambiental, o que demonstra que as políticas públicas que implementamos desde 2019 têm surtido o efeito planejado, com a consequente melhoria dos serviços oferecidos à população paranaense”, afirmou o governador.
“Ao melhorarmos a nossa competitividade, estamos também criando um ambiente favorável para negócios, atraindo mais investimentos privados, o que se traduz em mais empregos e renda e desenvolvimento social e econômico para o Estado”, acrescentou Ratinho Junior.
Divulgado anualmente, o ranking leva em consideração 99 indicadores agrupados em 10 eixos estratégicos (pilares) nas áreas de infraestrutura, sustentabilidade social e ambiental, inovação, capital humano, além da segurança pública, educação, e a eficiência da máquina pública. O estudo é realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com a consultoria Tendências e a startup Seall.
Para o secretário estadual do Planejamento, Guto Silva, os dados do Ranking devem ser comemorados, mas também minuciosamente avaliados pela equipe de governo para que o Paraná continue avançando. “Essa evolução é importante para saber que estamos no caminho certo, mas também para entendermos quais aspectos ainda podemos melhorar, orientando os órgãos estaduais a compreenderem estes indicadores e aplicarem os recursos orçamentários de maneira assertiva e onde são mais necessários”, comentou.
SUSTENTABILIDADE – De acordo com o detalhamento do ranking, a liderança do Paraná no pilar de sustentabilidade ambiental é reflexo, sobretudo, das políticas públicas ligadas à coleta seletiva de lixo, ao combate ao desmatamento – bem como a transparência dada pelo Governo a estas ações – e aos altos índices de tratamento de esgoto.
De acordo com o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza, o destaque do Paraná no pilar ambiental é consequência de um conjunto de ações feitas de forma integradas por toda a estrutura do Governo do Estado. “Todas as secretarias têm contribuído de alguma forma com a questão da sustentabilidade, permitindo que o Paraná continue na rota de crescimento econômica sem descuidar do meio ambiente”, disse.
Entre as principais ações, Souza elenca o apoio aos municípios para a gestão dos resíduos sólidos, a criação de novas áreas de proteção ambiental, o uso de novas tecnologias para combate ao desmatamento e outros crimes ambientais e a redução da burocracia para a emissão de licenciamentos. “A eficiência destas ações faz com que o Paraná seja uma referência em sustentabilidade ambiental e gera um ambiente de segurança jurídica para a instalação de novos empreendimentos no Estado”, acrescentou o secretário
OUTROS ÍNDICES – O Paraná também manteve a vice-liderança nacional na avaliação sobre a eficiência da máquina pública. Neste pilar, o principal destaque foi o avanço no equilíbrio de gênero na remuneração pública estadual, indicador em que o Estado saltou 22 posições e assumiu a liderança com nota máxima. Também pesaram no bom desempenho estadual neste segmento os altos índices de transparência e os baixos custos dos poderes executivo, legislativo e judiciário em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
O maior crescimento proporcional do Paraná no ranking ocorreu no pilar potencial de mercado, em que saltou 13 posições, passando de 24º para 11º, o que representa a maior evolução do Brasil neste pilar.
A performance neste segmento foi influenciada sobretudo pelo aumento expressivo no volume de crédito disponibilizado pelo poder público em relação ao PIB estadual, com o Paraná crescendo 23 posições entre as unidades da federação e ocupando a 4ª colocação neste indicador. O Estado também manteve bons índices nos indicadores tamanho de mercado, que avalia o nível do PIB, e na qualidade de crédito oferecido à pessoa física.
O Paraná ainda manteve o 4º lugar nos pilares capital humano e inovação e subiu da 6ª para a 4ª colocação em infraestrutura. Em educação e sustentabilidade social, o Estado aparece como o 5º melhor, enquanto em solidez fiscal passou da 9ª para a 8ª posição.
“Até o ano passado, o Paraná estava bastante distante de Santa Catarina e São Paulo, mas agora se aproximou muito. Se pensarmos numa corrida de Fórmula 1, é como se o Paraná estivesse 15 segundos atrás dos dois líderes. Agora está a três segundos, então vemos uma aproximação muito grande. É uma tendência interessante e, olhando com cuidado para o ranking, conseguimos perceber isso”, analisou o diretor-presidente do CLP, Tadeu Barros.
Confira a classificação e as notas do Paraná em cada pilar do Ranking de Competitividade dos Estados:
Sustentabilidade Ambiental: 1º lugar (nota 100)
Eficiência da Máquina Pública: 2º lugar (nota 94.78)
Capital Humano: 4º lugar (nota 82.42)
Inovação: 4º lugar (nota 70.38)
Infraestrutura: 4º lugar (nota 56.21)
Educação: 5º lugar (nota 71.22)
Sustentabilidade Social: 5º lugar (nota 83.87)
Solidez Fiscal: 8º lugar (nota 62.67)
Segurança Pública: 10º lugar (nota 60.09)
Potencial de Mercado: 11º lugar (nota 49.97)
(Com AEN)