O trabalho dos fiscais estaduais agropecuários é um dos pilares que sustenta a realização da Expointer, que será realizada de 24 de agosto a 1º de setembro de 2024, em Esteio (RS). Do total de 122 servidores da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) convocados para atuar na exposição, 70 são fiscais estaduais agropecuários. A escala de trabalho começou neste domingo (18/8), com reunião de alinhamento para abertura dos portões e chegada dos animais ao Parque de Exposições Assis Brasil a partir desta segunda-feira (19/8).
“Todos os animais que participam da Expointer passam pela vistoria dos fiscais estaduais agropecuários. O objetivo do trabalho é garantir a segurança sanitária dos exemplares que participam da exposição. Nossa função é assegurar que todos estão saudáveis e que nenhuma doença transmissível circule no ambiente da feira”, explica o fiscal estadual agropecuário Jeferson Barcelos Morais, um dos coordenadores da atividade de recepção dos animais.
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Além de realizar exame clínico para avaliar a saúde do exemplar, o fiscal verifica a documentação sanitária e confere se as vacinas e os exames obrigatórios estão em dia. Na defesa sanitária, os servidores trabalham todos os dias, das 8h às 22h, até sair o último animal do parque, na terça-feira (3/9) após o término da exposição.
“Os fiscais estaduais agropecuários são atores essenciais para a Expointer, pois acompanham desde a chegada até a saída dos animais, oferecendo as garantias sanitárias necessárias para a realização de um evento desta magnitude, chancelando as atividades realizadas durante a feira e assegurando que os grandes campeões representem o que há de melhor em genética”, avalia o fiscal estadual agropecuário Paulo Ferronato, presidente da Associação dos Fiscais Estaduais Agropecuários do Rio Grande do Sul (Afagro).
Fiscais atuam em três atividades distintas
A defesa, que consiste na avaliação realizada para admissão sanitária dos animais, é uma das áreas de atuação da categoria na Expointer. Nesta atividade, há 51 fiscais estaduais agropecuários trabalhando com foco nos grandes animais e outros cinco nos pequenos animais. Contudo, há servidores que estão em outras duas frentes: na admissão zootécnica e na educação sanitária.
“Antes do julgamento morfológico, verificamos o correto enquadramento dos animais na sua devida categoria de campeonato, se possuem as exigências regulamentares conforme cada raça exige e a presença de condições congênitas ou genéticas que possam incapacitar a sua função reprodutora”, explica a fiscal estadual agropecuário Luciana de Araujo Borba, que atua na área de zootecnia de equinos. Após a admissão, que é realizada em conjunto com os técnicos de cada raça, os animais aptos são encaminhados para o julgamento morfológico, que também é acompanhado pelas equipes da Seapi. Os servidores realizam a oficialização dos animais vencedores em cada categoria, campeonato e grande campeonato e organizam o desfile dos grandes campeões das raças. Desta atividade da zootecnia, que envolve equinos, bovinos de corte e leite e ovinos, participam 12 fiscais estaduais agropecuários. Outros cinco servidores da categoria atuam na zootecnia de caprinos.
Já a atividade de educação sanitária, que tem como objetivo divulgar o serviço oficial e esclarecer dúvidas, conta com a atuação de dois fiscais estaduais agropecuários. “Temos um espaço multiuso com material impresso e vídeo para atender produtores, crianças e escolas”, conta o fiscal estadual agropecuário Felipe Lopes Campos, que coordena os trabalhos. Os morcegos e a transmissão da raiva, as aves silvestres e a gripe aviária são alguns dos temas abordados. A atividade está concentrada na Casa do DDA (Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal) no parque.
Hora de ir embora
Nos casos de documentação incompleta ou constatação de qualquer doença infectocontagiosa, bem como presença de parasitas, o animal é impedido de participar da exposição e retorna à propriedade de origem.
Quando ocorre alguma intercorrência em relação ao adoecimento de animais durante a feira, os fiscais estaduais agropecuários avaliam se o exemplar pode continuar no evento. No caso da morte de algum animal, os servidores providenciam a necropsia para diagnóstico da causa.
Ao final da feira, a partir de domingo (1/9) à noite, quando os animais começam a ir embora, até terça-feira (3/9), os fiscais atuam 24 horas ininterruptas até que o parque esteja completamente vazio. Neste momento, os servidores conferem a documentação de transporte para evitar a troca de animais.