“…Nossa grande preocupação é a exigência atual para acesso ao Pronaf…”. No Amazonas, podemos dizer que estamos na UTI nesse tema
Opinião/Informação:
Total razão para a Tania Zanella que representou a OCB no COSAG (nota abaixo). O quadro social das cooperativas brasileiras é majoritariamente formado por agricultores familiares. Eles fazem agronegócio familiar. Aqui no Amazonas o PRONAF está na UTI. Nunca este bem, mas agora realmente está na UTI. Nossos números são inexpressivos, isso é péssimo para um estado com elevado grau de desnutrição, de fome, de miséria. É perguntar dos agentes que operam esses crédito que eles irão dizer onde está a trava, que não existe em estados com o mesmo bioma. Quem deve defender o povo junto ao executivo está só preocupado com a eleição deste ano já pensando na renovação do mandato em 2026. É duro dizer isso, mas é a verdade. Veja, abaixo, outros pontos defendidos pela OCB em encontro nacional.
THOMAZ RURAL
O Sistema OCB esteve presente na Reunião do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag), realizada nesta segunda-feira (22). A entidade foi representada pela superintendente Tania Zanella que comentou sobre o Plano Safra 2024/25, logo após a participação do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Ela abordou as percepções gerais sobre a política pública e os desafios e oportunidades para as cooperativas agropecuárias.
Tania Zanella foi convidada para falar sobre o Plano Safra 2024/25Para Tania, é apesar de reconhecer os esforços do Ministério da Agricultura em apresentar um Plano Safra mais robusto em volume de recursos, a manutenção das taxas de juros para praticamente todas as linhas é um ponto desafiador, principalmente para os investimentos, já que havia uma expectativa de redução de ao menos 2 pontos percentuais. “Entendemos a opção por um maior volume de recursos, que forçou a persistência das taxas, mas sabemos também que essa decisão representa um desafio importante para as cooperativas”.
No que diz respeito à construção e ampliação de armazéns, Tania destacou a adequação de linhas prioritárias, como o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA). “Os gargalos vivenciados nos últimos anos geram impactos logísticos significativos e, por isso, o investimento nesse setor é fundamental. Ficamos satisfeito com o aumento do limite de contratação para as cooperativas, que passou de R$ 50 milhões para R$ 200 milhões e possibilita uma melhor estruturação dos projetos para a expansão da capacidade de armazenagem”.
Demonstrando preocupação com a agricultura familiar, Tania reconheceu que a questão não está ligada diretamente ao Mapa, mas reforçou que conta com a compreensão da pasta para atender melhor esse público. “O quadro social das cooperativas brasileiras é majoritariamente formado por agricultores familiares. Nossa grande preocupação é a exigência atual para acesso ao Pronaf, de um percentual mínimo de 75% desses agricultores, fato que inviabiliza muitos projetos de agregação de valor à produção da agricultura familiar por cooperativas. Por isso, contamos com o apoio da pasta para o pleito de reduzir esse percentual”, completou.
O ministro Carlos Fávaro destacou em sua fala que o Plano Safra 2024/25 é o maior da história. Ele ressaltou que as linhas de crédito para investimentos dos produtores rurais aumentaram 16,5%, atingindo R$ 107,3 bilhões, o que representa uma parte significativa dos R$ 400,59 bilhões destinados ao financiamento total. “O setor cresceu 20% em 2023. Somos hoje o maior exportador de carnes do mundo e conquistamos a certificação de país livre da febre aftosa sem vacinação. Os recursos ofertados nesse plano são 32% superiores aos de dois anos atrás e temos certeza de que continuarão proporcionando as oportunidades que os produtores precisam para manter sua trajetória de crescimento”, afirmou.
Doença de Newcastle
Após a reunião do Cosag, o ministro Carlos Fávaro reuniu representantes de entidades do setor produtivo, entre elas a OCB, para tratar dos impactos da suspensão das exportações de carne de frango em decorrência da doença de Newcastle identificada no Rio Grande do Sul. Durante o encontro, Tania Zanella ressaltou a importância de iniciativas rápidas e eficazes para minimizar os impactos sobre o cooperativismo agropecuário, que responde por mais de 50% da produção nacional de frango.
A superintendente destacou a necessidade de apoio do governo e de estratégias claras para a retomada das exportações, especialmente para mercados chave como a China. “A detecção da doença representa um desafio significativo para o setor agropecuário brasileiro. Temos trabalhando em parceria com o Mapa e outras entidades para garantir a implementação das soluções necessárias para conter a disseminação da doença e retomar as exportações o mais rapidamente possível”, afirmou.
Desde a confirmação da doença, o Mapa declarou estado de emergência zoossanitária no estado gaúcho, implementando uma série de medidas para conter a disseminação da doença. Segundo o ministro, em breve a pasta pretende anunciar medidas extras a fim de prevenir impactos nos mercados para os quais o Brasil exporta.