Os custos de produção da soja em Mato Grosso servem de referência ao restante do país, afinal, trata-se do estado com a maior área de soja do Brasil.
De acordo com relatório do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado na última segunda-feira (15) com dados de junho, os produtores que vão instalar a safra 2024/25 da oleaginosa terão economia, ainda que singela, em relação ao ciclo passado.
Isso porque os custos totais de produção tiveram redução média de 2%, indo de R$ 7.276,30 para R$ 7.137,55 por hectare.
Entre os fatores que mais contribuíram para a queda dos custos totais, três se destacam: fertilizantes e corretivos, defensivos e arrendamento. Veja a diminuição entre junho deste ano e o mesmo período de 2023:
- Fertilizantes e corretivos: queda de 4,9% (de R$ 1.805,00/ha para R$ 1.714,97)
- Defensivos: redução de 9,4% (de R$ 1.304,81/ha para R$ 1.181,17/ha)
- Arrendamento: diminuição de 13,6% (de R$ 336,95/ha para R$ 291,00)
No caso dos defensivos, a principal economia ao bolso do produtor é em relação aos herbicidas, que caíram 28,8% entre um ano e outro, saindo de R$ 301,87 por R$ 214,66 por hectare aplicado.
No entanto, os fungicidas aumentaram de preço, com elevação de 15%. Assim, passaram de R$ 377,64 para R$ 434,47 por hectare. Por outro lado, inseticidas e adjuvantes tiveram redução de 18% e 1,2%, respectivamente.
Segundo o relatório do Imea, também houve redução de custos nas despesas financeiras, que incluem financiamentos, seguro da produção e seguro de máquinas e equipamentos. Nesse rol, a economia é de 4%, saindo de R$ 433,25 para R$ 415,57 por hectare.
Vale dizer que o custo com arrendamento é calculado pelo Imea com base na saca de soja e na participação da área da cultura.
O que encareceu a soja?
Além dos fungicidas, outros elementos aumentaram de preço e impediram uma redução maior nos custos de produção de soja em Mato Grosso. Conforme o Instituto, três deles são os principais:
- Sementes de soja: aumento de 4% (R$ 610,08 para R$ 634,66 por hectare)
- Impostos e taxas: acréscimo de 12,6% (R$ 207,89 para R$ 234,14 por hectare)
- Depreciações: subiu 16,4% (R$ 417,25 para R$ 485,90 por hectare)
As depreciações apuradas pelo Imea dizem respeito às máquinas, aos implementos, equipamentos, utilitários e às benfeitorias na propriedade. Também vale menção aos custos com operações mecanizadas, que escalaram 2% entre um ano e outro.
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