Representantes de diversas instituições participaram nesta terça-feira (04) do lançamento da Campanha Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais 2024, na sede do IDR-Paraná, em Curitiba. Neste ano ela prevê distribuição de material gráfico e digital para disseminar informações e conscientizar as pessoas sobre os danos causados por um incêndio florestal. Também são indicadas as ações que podem provocar um incêndio e o que deve ser feito quando uma pessoa avistar um foco.
O slogan “Unidos na prevenção aos incêndios florestais-Somos guardiões da floresta” reforça a mensagem que esse assunto é um problema de todos e, por isso, precisa ser trabalhado em conjunto. De acordo com o Corpo de Bombeiros, no ano passado foram identificados e controlados 5.597 focos de incêndio no Estado. A campanha pretende atuar na conscientização da população, sobretudo porque existe a previsão de um inverno mais seco este ano, aumentando os riscos de incêndio.
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Além do novo slogan, neste ano a campanha tem uma nova mascote, a Curi, uma curicaca vigilante do ecossistema que, como guardiã na natureza, vai ajudar a trazer dicas vitais para a prevenção de incêndios florestais. Ela se junta a outros mascotes: Labareda, o tamanduá brigadista florestal do Ibama-Prevfogo; Quati João, do Corpo de Bombeiros Militar; e Mandinha, a abelha mandaçaia. Eles formam a Turma dos Guardiões da Floresta.
Uma cartilha educativa foi criada especialmente para as crianças e adolescentes, com o objetivo de investir também na conscientização desse público e para que eles ajudem sendo os Guardiões da Floresta.
O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza, ressaltou a importância do esforço conjunto de diversas instituições nessa campanha. “Essa capacidade de união faz o Paraná ser diferenciado. Nós praticamos, talvez, a melhor agricultura do País graças a essa capacidade de unir forças. Nessa campanha são 16 instituições atuando juntas. Essa união é pela defesa do nosso patrimônio, de uma atividade econômica importante para o Estado. É pela defesa da vida”, disse.
O diretor-presidente do IDR-Paraná, Richard Golba, destacou que a campanha de prevenção faz muito sentido, sobretudo com a proximidade do inverno. “Esse esforço que o Paraná faz é importante porque há uma previsão de que este ano o clima seja mais seco, aumentando o risco de ocorrência de incêndios florestais. Vivemos um período já conhecido como Antropocêntrico, em que a ação do homem determina mudanças no ambiente. Temos que aprender a gerenciar o impacto da ação humana para que as próximas gerações tenham uma vida melhor”, observou.
Neste ano o IDR-Paraná passa a contar também com um conjunto de dados fornecidos pela Nasa, em tempo real, que mostram o risco de incêndios no Estado. Estes dados devem contribuir para elaborar ações de prevenção mais eficientes e ficarão disponíveis no site do Instituto. O IDR-Paraná também é alimentado por previsões do Simepar.
Aílson Loper, diretor-executivo da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), que organiza a campanha, lembrou que os prejuízos dos incêndios não se limitam às áreas florestais. “O fogo degrada o solo, diminui a produtividade, chega às cidades e causa diversas doenças respiratórias entre a população. Nosso objetivo é levar informação, cada vez mais longe, para proteger a população e a natureza”, afirmou.
Loper acrescentou ainda que há cerca de dois anos vem sendo feito um trabalho de prevenção mais intenso junto às áreas vizinhas dos reflorestamentos, estabelecendo parcerias e uma rede de informações sobre o risco de incêndios. “É preciso avisar os vizinhos para que um foco não se transforme em um sinistro maior, além de alertar sobre os prejuízos dos incêndios”, destacou.
O subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná, coronel Antonio Geraldo Hiller Lino, informou que entre 2019 e 2023 foram registrados mais de 50 mil atendimentos no Paraná. Segundo ele, o maior número de ocorrências é registrado nas regiões Norte, Noroeste e Central. “Muitas vezes o fogo é usado em alguma prática na propriedade, mas foge do controle. Há também os casos de restos de fogo em acampamentos que dão início a um incêndio”, ressaltou. “De cada dez incêndios florestais, nove são causados pela ação humana”.
CAMPANHA – A campanha é uma ação da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (ABIMCI), Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Embrapa Florestas, Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-PR), Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná (Fupef), Ibama/Prevfogo, Instituto Água e Terra (IAT), Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), Rede Nacional de Brigadas Voluntárias (RNBV), Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Paraná, Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) e Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Para saber mais sobre o trabalho acesse: www.paranacontraincendioflorestal.com.
(Com AEN)