O aumento da produção e consequente aumento da exportação de carne de frango contribuiu para o crescimento do mercado de ração no Brasil. Uma pesquisa da Alltech Agri-Food Outlook 2024, feita anualmente, apontou o Brasil como maior produtor de ração animal da América Latina, e terceiro maior do mundo, atrás dos Estados Unidos e China.
Segundo os dados da pesquisa, o país fechou 2023 com crescimento de 1,84% na produção de ração animal, que atingiu 83,32 milhões de toneladas. Com acréscimo de 1,51 toneladas em relação ao resultado de 2022. Já a produção global de ração ficou estável em 1,29 bilhão de toneladas, uma ligeira queda de 140 mil toneladas (-0,01%) em relação às estimativas de 2022. A 13ª edição da pesquisa incluiu dados de 142 países e mais de 27 mil fábricas de ração.
O incremento na produção brasileira de ração no último ano foi impactado por altas em: animais de estimação/pets (6,18%), frangos de corte (3%), aquicultura (2,55%), suínos (2,53%), aves de postura (0,99%) e equinos (0,78%).
O desafio sanitário global da influenza aviária tem influenciado a produção brasileira de frangos de corte de forma positiva, por meio do crescimento das exportações, conforme a pesquisa. Além disso, o setor de aves de postura registrou taxas excepcionalmente elevadas de exportação de ovos, compensando as perdas de produção globais causadas pela gripe aviária. O levantamento aponta ainda que a produção de ração para bovinos de corte deve crescer no Brasil em 2024, com a expectativa dos produtores de que os preços da carne bovina subam no segundo semestre.
“Nós realmente somos expoentes na produção de aves e também na parte de ovos, tornando-se uma parte cada vez mais importante na exportação também. Preocupações com relação à influenza aviária abriram oportunidade para o maior crescimento desse setor, onde chegamos à produção de 3% a mais do que no ano de 2022. Aquacultura é outro setor que vem se destacando nos últimos anos, com 2,55% em 2022. É um mercado que segue em plena expansão, com a produção de tilápia, camarões e também peixes amazônicos”, destacou Paulo Rigolin, vice-presidente da Alltech para a América Latina.
“Nós realmente somos expoentes na produção de aves e também na parte de ovos, tornando-se uma parte cada vez mais importante na exportação também. Preocupações com relação à influenza aviária abriram oportunidade para o maior crescimento desse setor, onde chegamos à produção de 3% a mais do que no ano de 2022.”
Paulo Rigolin, vice-presidente da Alltech para a América Latina
Uma desaceleração na produção geral de proteína animal, em resposta às margens apertadas experimentadas por muitas empresas de ração e produtos de origem animal, contribuiu para uma menor demanda global por ração. Além disso, a mudança nos padrões de consumo causada pela inflação e tendências alimentares, custos de produção mais altos e tensões geopolíticas também influenciaram a produção mundial de ração em 2023.
Rigolin comenta também sobre o aumento as produção de ração para animais de estimação: “Hoje temos o pet como parte da família e a preocupação com o bem-estar animal levou a esse crescimento de 6% na nossa produção”.
No Paraná, as dez principais indústrias de nutrição animal (8 de transformação e 2 atacadistas), em volume de faturamento, estão em Alvorada, Maringá, Curitiba, Tapejara, São José dos Pinhais, Mandaguaçu, São João do Ivaí, Cascavel, Altônia e Xambrê.
Ranking
A pesquisa traz os dez principais países produtores de ração:
China (262,71 t, +0,76%)
EUA (238,09 t, -1,13%)
Brasil (83,32 t, +1,84%)
Índia (52,83 t, +13,43%)
México (40,42 t, +0,02%)
Espanha (36,22 t, -3,28%)
Rússia (35,46 t, +3,83%)
Vietnã (24,15 t, -9,63%)
Japão (23,94 t, -1,15%)
Turquia (23,37 t, -11,48%)
Juntos, estes países respondem por 63,1% da produção mundial de ração (igual a 2022). Quase metade da produção mundial de ração está concentrada em quatro países: China, EUA, Brasil e Índia. (colaborou Assessoria de Imprensa Alltech).
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