Técnicos agrícolas são capacitados em Boas Práticas de Extração do Látex na Embrapa
A Embrapa Amazônia Ocidental promoveu nesta quarta-feira, 22/5, atividade técnica no Curso Boas Práticas de Extração do Látex, direcionada a 26 técnicos agrícolas que atuam nos principais municípios extrativistas de seringueira do Amazonas. A capacitação, promovida esta semana pelo Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), objetiva capacitar os técnicos executores do Projeto Prioritário da Borracha para que se tornem difusores de conhecimento e contribuam com o fortalecimento da cadeia produtiva da borracha no Amazonas.
O chefe-geral da Embrapa Amazônia Ocidental, pesquisador Everton Cordeiro, e os técnicos Renaldo Araújo e Orlando Ferreira foram os facilitadores da aula, que aconteceu das 9h às 15h no Auditório e nas áreas de plantios de seringueira da instituição.
Foram mostrados todos os sistemas de produção relacionados à produção das mudas de seringueira tricomposta, que reúne três plantas de seringueira enxertadas em dois processos diferenciados. Foi explanado desde a etapa inicial de como a muda é feita, de como são os processos de enxertia até o momento de extração do látex, de como é a marcação, a escolha das plantas para que se possa fazer a extração do látex, que é a matéria-prima da borracha usada na fabricação de pneus e outros produtos.
Os participantes do treinamento são provenientes de 14 municípios amazonenses onde se destaca a produção extrativista de borracha: Boca do Acre, Canutama, Carauari, Eirunepé, Humaitá, Itacoatiara, Itamarati, Jutaí, Lábrea, Manicoré, Nova Olinda do Norte, Novo Airão, Pauini e Guajará.
A engenheira florestal Ana Paula Rebouças, coordenadora do projeto prioritário da borracha natural do Idam, explica que o curso tem por objetivo capacitar os técnicos em boas práticas de extração de látex para que se tornem difusores desses conhecimentos nos seus municípios, levando para o extrativista o conhecimento das boas práticas e com isso tenham um produto de melhor qualidade, maior competitividade no mercado e com isso alavanque cada vez mais a cadeia produtiva da borracha. A programação do curso abrangeu as boas práticas do extrativismo das regiões nativas, palestras sobre o acesso à subvenção estadual e federal.
O chefe-geral da Embrapa Amazônia Ocidental, Everton Cordeiro, explicou da necessidade e manter um espaço de tempo entre as sangrias, como se chama o momento de extração do látex. No Brasil, de um modo geral, se sangra a cada quatro dias. E há locais no mundo que sangram todo dia. O tempo de sangria vai determinar também a quantidade de produção. “Então, a gente tem que fazer a gestão desse sangria pra se obter a máxima produção possível dentro do que a gente precisa”.
A seringueira é uma planta tipicamente amazônica que tem conquistado espaços cada vez maiores no Brasil. Tem sido cultivado em São Paulo e até o Paraná, mostrando a capacidade e a importância que ela tem hoje nos dias atuais. Na Amazônia, o maior entrave para o cultivo da seringueira é a incidência do mal das folhas, causado por um fungo cujo esporo se fixa nas folhas da planta. Quando todas as folhas caem, a planta não tem mais reserva para emitir novas folhas. Nesse momento ela morre. As plantas desenvolvidas pela Embrapa são mudas enxertadas com três espécies de seringueira, as folhas deixam de cair e a planta tem as folhas renovadas ao longo do tempo, tornando-se produtivas o ano todo.
Também estiveram no evento, o gerente de Cadeias Regionais Luiz Bernardo e o técnico Edmar Magalhães, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), quatro técnicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), seis técnicos do escritório central de Manaus do Idam, acompanhados de Luiz Rocha, chefe de Departamento/DATEF/Idam Central.–
Maria José Tupinambá Lira – Jornalista
Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO)
Embrapa Amazônia Ocidental – Manaus, AM
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