O mercado físico do boi gordo registrou preços estáveis a mais baixos ao longo da semana.
Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, houve queda das cotações no Sudeste e em parte do Centro-Oeste, como consequência do avanço da oferta pela falta de chuva nessas regiões, levando a um desgaste das pastagens e menor capacidade de retenção pelos pecuaristas.
Os frigoríficos conseguiram ampliar bem as escalas de abate durante a semana, pressionando as cotações da arroba.
- São Paulo (Capital) está vendendo a arroba a R$ 228, com queda de 2,15% em relação aos R$ 225 da semana passada.
- Goiás (Goiânia) mantém o preço da arroba em R$ 215, sem alterações em comparação com a semana anterior.
- Minas Gerais (Uberaba) registra o valor de R$ 228 por arroba, com recuo de 0,87% em relação ao encerramento da última semana, que estava em R$ 230 por arroba.
- Mato Grosso do Sul (Dourados) está vendendo a arroba a R$ 223, com baixa de 0,85% em relação ao fechamento da última semana, que era de R$ 225.
- Mato Grosso (Cuiabá) mantém o preço da arroba em R$ 220, em comparação com a última semana.
- Rondônia (Vilhena) está vendendo a arroba a R$ 190, com queda de 1,04% em relação aos R$ 192 registrados na semana passada.
Atacado
O mercado atacadista apresentou preços firmes ao longo da semana. O quarto traseiro do boi subiu 1,16%, passando de R$ 17,30 por quilo para R$ 17,50 por quilo. O quarto dianteiro do boi foi mantido em R$ 13,90.
Segundo Iglesias, a demanda vem se mostrando aquecida ao longo da primeira quinzena do mês, considerando que, além da entrada dos salários na economia, há também o adicional de consumo relacionado ao Dia das Mães, data comemorativa que representa o segundo melhor ponto de consumo em todo o ano.
Exportações
Em abril de 2024, o Brasil exportou 236.842 toneladas de carne bovina. Trata-se do maior volume já registrado nas exportações mensais do país. O faturamento foi de US$ 1,043 bilhão, cifra que também coloca o mês entre os melhores em resultados. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), compilados e analisados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
A China, com embarques de 101.031 toneladas, segue como principal mercado. Em faturamento, os números atingiram em abril USD 454 milhões. O segundo maior comprador da carne bovina brasileira foram os Emirados Árabes, com 23.719 toneladas em abril. Em faturamento, as exportações somaram USD 109,7 milhões no último mês. Já Hong Kong foi o terceiro maior parceiro do Brasil, importando 11.327 toneladas, com 38,9% de crescimento em relação a março de 2024, sendo a maior parte dos produtos os miúdos bovinos.
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