O mercado brasileiro de soja teve um melhor movimento nesta sexta-feira (10), mas não foram reportados grandes lotes comercializados.
Segundo a Safras Consultoria, no geral, os produtores querem cotações melhores, já que viram a soja subir bem recentemente. Chicago e o dólar trabalharam em alta na sessão, o que trouxe suporte nos preços.
Preços da soja no Brasil
- Passo Fundo (RS): subiu de R$ 125 para R$ 125,50
- Região das Missões: aumentou de R$ 124 para R$ 124,50
- Porto de Rio Grande: cresceu de R$ 135 para R$ 135,50
- Cascavel (PR): foi de R$ 127 para R$ 128
- Porto de Paranaguá (PR): passou de R$ 134 para R$ 136
- Rondonópolis (MT): valorizou de R$ 118 para R$ 119
- Dourados (MS): subiu de R$ 119 para R$ 119,50
- Rio Verde (GO): foi de R$ 117 para R$ 119
Bolsa de Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços mais altos.
O bom desempenho de outros mercados, principalmente trigo e milho, e as preocupações com a produção gaúcha determinaram os ganhos.
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 10,50 centavos de dólar, ou 0,86%, a US$ 12,19 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 12,20 1/2 por bushel, com ganho de 10,25 centavos ou 0,84%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 1,00 ou 0,26% a US$ 371,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 44,44 centavos de dólar, com alta de 1,80 centavo ou 4,22%.
O relatório de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgado nesta sexta-feira foi considerado baixista, mas com pouco impacto sobre os preços.
O relatório indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,450 bilhões de bushels em 2024/25, o equivalente a 121,1 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 52 bushels por acre. O número superou a expectativa do mercado de 4,43 bilhões ou 120,6 milhões de toneladas.
Os estoques finais estão projetados em 445 milhões de bushels ou 12,11 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 432 milhões de bushels ou 11,76 milhões de toneladas.
O USDA está estimando exportações de 1,825 bilhão de bushels e esmagamento de 2,425 bilhões de bushels. Estes foram os primeiros números para a atual temporada.
Para 2023/24, o Departamento indicou estoques de passagem de 340 milhões de bushels, repetindo o relatório anterior e dentro da expectativa do mercado, de 341 milhões de bushels.
O Departamento projetou safra mundial de soja em 2024/25 de 422,26 milhões de toneladas. Para 2023/24, a previsão é de 396,95 milhões de toneladas. Os estoques finais para 2024/25 estão estimados em 128,5 milhões de toneladas, acima da previsão do mercado de 120 milhões de toneladas e da estimativa para 2023/24, de 111,78 milhões – mercado esperava número de 112,4 milhões.
Expectativa para o Brasil
Para a produção brasileira, o USDA reduziu a estimativa de produção de 154 milhões de toneladas, contra 155 milhões do relatório anterior e 152,6 milhões da previsão do mercado. A
primeira estimativa para 2024/25 é de 169 milhões de toneladas.
Para a Argentina, a previsão para 2023/24 foi mantida em 50 milhões de toneladas, contra expectativa de 49,5 milhões do mercado. Para 2024/25, a estimativa inicial é de 51 milhões de
toneladas.
As importações chinesas em 2023/24 foram mantidas em 105 milhões de toneladas. Para a próxima temporada, a previsão é de um número subindo para 109 milhões de toneladas.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,28%, sendo negociado a R$ 5,1578 para venda e a R$ 5,1558 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,1178 e a máxima de R$ 5,1608. Na semana, a moeda teve valorização de 1,74%.