As fortes chuvas que têm impactado o Sul do Brasil avançarão nesta quinta-feira (2) para o norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e parte do Paraná. O alerta é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
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Além disso, espera-se que temporais de forte intensidade ocorram, especialmente em Santa Catarina e nas regiões sul e oeste do Paraná. Isso se deve à formação de uma ampla área de baixa pressão atmosférica e ao deslocamento de uma frente fria.
Até o dia 5 de maio, esperam-se ventos fortes com rajadas superiores a 60 km/h, descargas elétricas, granizo e chuvas acima de 100 mm. Esses eventos são previstos entre o norte do Rio Grande do Sul e o sul de Santa Catarina.
Previsão detalhada
- Chuvas Volumosas: Vai chover muito nas próximas 48 horas até sábado (4) e nas 96 horas seguintes até 6 de maio.
- Variação das Temperaturas: Uma queda nas temperaturas é esperada na metade sul gaúcha ao longo do dia 2 e parte da sexta-feira (3), devido ao deslocamento da frente fria. Entretanto, o sistema frontal recuará para o Rio Grande do Sul entre sexta-feira e o decorrer de sábado, elevando novamente as temperaturas.
- Chuva Persistente: O bloqueio atmosférico persistente impedirá o avanço do sistema frontal, resultando no retorno da chuva na sexta-feira (3) ao Rio Grande do Sul. As áreas mais afetadas serão a metade norte gaúcha, divisa com Santa Catarina, nordeste do estado gaúcho, litoral norte, serra do RS e sul de SC.
Chuvas intensas
- Grande parte do Rio Grande do Sul segue sendo atingido por chuvas persistentes e volumosas desde o dia 27 de abril.
- Em algumas regiões, os volumes de chuva chegaram a passar dos 300 milímetros (mm) em menos de uma semana.
- No município de Bento Gonçalves, por exemplo, os volumes chegaram a 543,4 mm.
- Desde o dia 29 de abril, quando a chuva volumosa ficou estacionária sobre o RS, os volumes ficaram entre 200 mm e 300 mm.
- Na capital do estado, Porto Alegre, o volume chegou a 258,6 mm em apenas três dias.
- As estações do Inmet que mais registraram chuva de 26 de abril até as 9h desta quinta (2), foram: Soledade (488,6 mm); Santa Maria (484,8 mm) e Canela (460 mm).
Causas
- O Inmet explica que o período entre o final de abril e o início de maio de 2024 ainda tem influência do El Niño. O fenômeno ajudou a bloquear as frentes frias e concentrar os sistemas de áreas de instabilidade na altura do Rio Grande do Sul.
- Além dessa condição, a temperatura do Oceano Atlântico Sul bem mais elevada, próximo da faixa equatorial, também contribui para a umidade, intensificando as chuvas. O transporte de umidade a partir da Amazônia e o contraste térmico com o ar mais aquecido ao norte da Região Sul também ajudou a fortalecer as tempestades.
O Inmet reitera a importância da população se manter informada e tomar as medidas de precaução necessárias para evitar acidentes.
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