Opinião/Informação:
Se eu fosse postar tudo que recebo no meu whatsApp de dificuldade do interior, do produtor rural, em encontrar mercado para vender seu produto certamente seriam várias publicações. É por esse motivo que insisto e persisto que COMPRA PÚBLICA deve ir nessa direção, seja o PAA, PNAE e PREME. PAA e PNAE até vão (poderia ir mais, falta ajustes), mas o PREME, desde antes do governo Wilson, continua com o elevado percentual de compra em outra direção, de agroindústrias privadas que poderiam ser beneficiadas de outra forma (mas com produto regional), não do jeito que vem sendo. Não aceito ver esse desperdício de 10 toneladas de goiaba estragando em solo parintinense com o produtor precisando de renda e famílias sem ter o que comer na Ilha Tupinambarana. Sem falar do restaurante popular de Parintins que nunca funcionou e deve estar na lama com equipamentos apodrecendo. Esse produtor do vídeo está perdendo 60% de sua produção. Se eu fosse prefeito já teria feito uma pequena central de beneficiamento de produtos regionais. Um “feijão com arroz” para ajudar o produtor rural quando não tiver mercado transformando frutas em doces, compotas, entre outras coisas que a Embrapa ensina a fazer (tem até publicação). Ganhasse mais tempo para procurar venda. Parintins importa muita coisa de fora, tem potencial para produzir, posição geográfica estratégica, mas nos últimos 20 anos não teve administrações com esse viés do AGRO, só o PAA levaram 20 anos pra implementar um programa que vem recurso financeiro de fora, do governo federal, espero que mude este ano.
Deixar estragar produtos cultivados com tanto sacrifício com o povo passando fome é inaceitável!
Aí vejo alguns ambientalistas falando em BIOECONOMIA como a salvação da Amazônia. Bioeconomia, como já disse e concordo o Chefe Geral da Embrapa, já existe desde que Cabral chegou por aqui. Contudo, vejo R$ 78 milhões indo para a FAS para fazer “comando e controle” onde já tá tudo controlado por satélites pelos Estados Unidos e Alemanha. Veja R$ 78 milhões de banco alemão indo para a FAS fazer bioeconomia com esses produtos se estragando no chão. Vejo R$ 78 milhões indo para a FAS fazer assistência técnica com os escritórios do IDAM precisando de melhor estrutura para trabalhar ATER de graça.
Não adianta ter SELO DE IG se não tiver mercado local, nacional e internacional. Se quiserem posso mostrar aqui as dificuldade de mercado para o ABACAXI de Novo Remanso, Pirarucu de Manejo querendo vender para compras públicas. É lógico que o ideal acabar com essa dependência pública, mas hoje a realidade é outra, existe essa total dependência, e por esse motivo insisto nesse caminho.
Vou fazer minha parte!
THOMAZ RURAL