Opinião/Informação:
É mais uma comprovação do tamanho da incompetência da área ambiental do governo e de ONGs que, apesar de ter em mãos, desde 2003 (até antes, mas limito ao que acompanho), um patrimônio avaliado em US$ 317 bilhões de dólares, mas ter 65.6% da população abaixo da linha de pobreza, sem ter o que comer. Desde 2003, portanto, há 21 anos, nenhum governador teve a coragem de mudar os atores que atuam nessa área em função da especialidade em captar recursos internacionais. Pergunto: o que adianta ser especialistas em captar recursos internacionais, mas não ter o ZEE, ter o crescente aumento da pobreza (passou de 50% para 65.6%), sem coragem de falar a verdade aos países poluidores do planeta em razão dos aportes financeiros ao Fundo Amazônia, e o caboclo sem água, sem energia solar, sem internet, sem sementes, sem assistência técnica e a família remando a um futuro que não chega nunca.
O governador Wilson Lima ainda tem três anos para fazer diferente, fazer a necessária mudança na área ambiental, caso contrário, vamos continuar a ser a região “MAIS RICA DO MUNDO” como diz a FORBES, mas com o POVO MAIS POBRE DO MUNDO. Essa conta não bate há 21 anos, até mais!.
Penso que 21 anos já é mais do que suficiente para transformar esses bilhões de dólares em vida digna para o guardião da floresta. Contudo, o que temos hoje é um BOLSA FLORESTA (miséria) de 50 reais por 14 anos (sem aumento), travando o empreendedorismo, o acesso ao crédito e articulando gol contra, um deles é o asfaltamento da BR-319. Além desses, é só ver as matérias do anúncio da concessão da licença ambiental para a exploração do potássio e ver se, em algum momento da solenidade, o titular da SEMA apareceu, ficou discreto na plateia. O titular da área ambiental nem pra mesa foi, só deu IPAAM (que é vinculado à SEMA). Só não enxerga quem não quer ver.
Já chega! Vamos colocar nossos doutores da UFAM, UEA e técnicos dos próprios Sistemas SEMA e SEPROR para comandar a área ambiental do Amazonas. Cariocas, mineiros e paulistas já tiveram oportunidade, mas só a pobreza aumentou. Falta coragem desde 2003!
Repito, além de não termos o ZEE (que é uma política ambiental), REDD+, CONCESSÃO FLORESTAL e CRÉDITO DE CARBONO continuam sendo usados no FUTURO. Depois de 21 anos, usar o FUTURO é brincar com 65.6% do povo que tem fome HOJE.
THOMAZ RURAL