Estimativas preliminares indicam que a safra de café, em nível mundial, no acumulado de doze meses, especificamente no período de outubro de 2023 a setembro de 2024, deverá atingir um volume físico equivalente a 178 milhões de sacas de 60kg. Desse volume estimado, 102,2 milhões de sacas são da espécie de Coffea arabica (café arábica), que correspondem a 57,5%, e, adicionalmente, 75,8 milhões de sacas da espécie de Coffea canephora (café robusta+conilon), as quais representam 42,5% da safra global.
Tal estimativa considera a produção total das quatro regiões produtoras do planeta, que são, em ordem decrescente, a América do Sul, cuja safra foi estimada em 89,3 milhões de sacas de 60kg, e, assim, equivale a 50% da produção total. Na sequência, vem a Ásia & Oceania, com 49,9 milhões de sacas (28%), seguida da África, que teve a safra estimada em 20,1 milhões (11,3%). E, por fim, vem o Caribe, América Central & México, cuja safra foi calculada em 18,7 milhões de sacas, volume equivalente a 10,7% da produção mundial de café.
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Tendo como referência o mesmo período cafeeiro ora em destaque, verifica-se que o consumo estimado, também em nível mundial, deverá atingir o total de 177 milhões de sacas de 60kg, o qual, se confirmado, será menor em apenas 1 milhão de sacas, na comparação com o volume que foi estimado para a produção global. Neste caso, os países importadores de cafés deverão consumir em torno de 120,5 milhões de sacas de 60kg (68%), e, em complemento, os países exportadores consumirão 56,5 milhões de sacas, as quais representam 32% da demanda em nível mundial.
Antes de prosseguir esta análise da performance da cafeicultura mundial, com destaque principal para o desempenho do ano-cafeeiro de outubro de 2023 a setembro de 2024, convém esclarecer que este estudo tem como base e fonte principal de consulta o Relatório sobre o mercado de Café – março 2024, da Organização Internacional do Café – OIC, o qual está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, que é coordenado pela Embrapa Café.
Vale também esclarecer que a Organização Internacional do Café – OIC considera e agrupa, nos seus respectivos relatórios e estudos em nível mundial as quatro grandes regiões produtoras de cafés mencionadas: Ásia & Oceania, México & América Central e África & América do Sul. E ainda que o ano-cafeeiro para a Organização abrange o período compreendido entre os meses de outubro a setembro, daí o fato de essa análise contemplar e destacar obviamente a produção e o consumo estimado para tal período, diferentemente do ano-cafeeiro de vários outros países produtores, inclusive do Brasil.
Em relação ao consumo de café, em nível mundial, vale elaborar e destacar um ranking das seis grandes regiões consumidoras consideradas pela OIC, no qual constata-se que a Europa lidera a estimativa do consumo, com 53,7 milhões de sacas de 60kg, volume que representa 30,3% do consumo global. Em seguida, vêm os países da Ásia & Oceania, cujo consumo foi calculado em 45,7 milhões de sacas (25,8%), e, na terceira posição destaca-se a América do Norte, região que teve o consumo estimado em 30,9 milhões de sacas (17,5%).
Complementando esse ranking, verifica-se que a América do Sul vem na quarta posição, haja vista que seu consumo foi estimado em 28 milhões de sacas (16%), seguida da África, com 12,5 milhões de sacas (7%), e, na sexta posição desse ranking, vem o Caribe, América Central & México, região que consumirá o equivalente a 6,1 milhões de sacas, no período estimado, o qual equivalerá em torno de 3,4% do consumo em nível mundial.
(Com Embrapa)