Opinião/Informação:
Gostei muito do editorial de ÀCRÍTICA deste sábado (27.04.2024) por ter levantado um tema que está esquecido no Amazonas. Até hoje não vi ninguém do judiciário, executivo e legislativo (exceção do senador Plínio Valério) questionar o BOLSA FLORESTA que pagou R$ 50 reais por longos 14 anos por SERVIÇOS AMBIENTAIS. Isso mesmo, SERVÍÇOS AMBIENTAIS prestados ao mundo que foram pagos apenas R$ 50 reais por longos 14 anos. Detalhe: só para alguns, menos de 1% do povo que merecia receber essa miséria por ter preservado o verde ao planeta. Entraram bilhões nesse período e nenhum aumento foi dado. Só recentemente mudaram o nome do programa e aumentaram para R$ 100 reais (outro valor absurdo para quem protegeu e protege a floresta ao mundo). Foram captados bilhões de outros países e o resultado está no editorial de ÀCRÍTICA, nos números do IBGE. Os novos bilhões que estão chegando estão seguindo o caminho do NADA. Já existem várias políticas públicas adequadas para mudar o quadro detectado pelo IBGE e citado no editorial de ÀCRÍTICA, mas a gestão público trilha outro caminho. Usam a política pública, a miséria para enriquecer os mais privilegiados, ignorando os que mais precisam. Já chega de eleição a cada dois anos. Tem que ser eleição geral de 5 em 5 anos sem direito à reeleição. Num país de famintos é imoral esse fundo eleitoral.
Nosso estado é o mais preservado do mundo, mas já está pagando a conta do aquecimento global causado pelas economias poluidoras dos Estados Unidos e Europa, mas os falsos ambientalistas não tem coragem de dizer isso porque eles colocam dinheiro no Fundo Amazônia que em nada mudou a vida das pessoas que moram no interior e na capital do Amazonas. Nossos igarapés poluídos. Estão aí os números do IBGE e o Editorial de ÀCRÍTICA confirmando. Único estado do Norte que não tem o ZEE (Zoneamento Econômico Ecológico) e isolado com a BR-319 em lama e poeira. Já estão querendo travar a licença ambiental concedida para explorar o potássio. Lá fora pode tudo, aqui não pode nada! O atual governo recebeu o estado (eu estava na transição) com 50% na pobreza. Hoje, já estamos na casa dos 65.6% abaixo da linha de pobreza com a floresta valendo trilhões por ano. É muita incompetência, é usar a miséria para enriquecer poucos, e desde 2003 ninguém tem coragem de virar esse jogo, fazer valer a floresta em pé para todos, não somente para poucos.
Não podemos viver de BOLSAS, temos que produzir alimentos no Amazonas, pois em momentos de crise é a primeira coisa que o “inimigo” corta. Estamos vendo isso nas guerras que estão acontecendo. Mesmo sem guerra, na última seca, tivemos que usar aviões para levar ranchos. Sem sentido! A Embrapa já tem tecnologia adequada para produzir sem desmatar nada. Aliás, tecnologias ignoradas por alguns ambientalistas. Se tiverem dúvida do que estou afirmando, é só checar quantas vezes foram visitar a Embrapa que fica aqui na estrada Manaus/Itacoatiara. O Sistema S, a academia, já tem cursos gratuitos para ensinar todo tipo de atividade, do AGRO até a INDÚSTRIA. Mas falta celular, energia solar e internet para o caboclo. Internet (starlink), energia solar e celular que vão servir até para comunicar as autoridades competentes de algum ilícito que estiver acontecendo no interior.
As charges do Myrria, cartunista da ÀCRÍTICA, mostra claramente alguns dos motivos de um Brasil de famintos. Para não dizer que só critico, mostro novamente o que deve ser prioridade no Amazonas em apenas um slide. O primeiro passo é o ZEE, o segundo passo é recurso internacional direto no bolso no guardião da floresta, sem intermediário. Abaixo, mostro outro editorial de ÀCRÍTICA do ano passado, as três charges do cartunista Myrria, mapa do Brasil com o Norte destacado em vermelho, manchete de ÀCRÍTICA mostrando quanto vale a floresta em pé, e a família da canoa remando, remando, remando na direção de um “futuro” que até agora não chegou.
- o espaço está aberto para divulgar quem já tiver contestado sobre o Bolsa Floresta de 50 reais por longos 14 anos.
THOMAZ RURAL