Garantir a produtividade e o desenvolvimento das áreas agrícolas do Estado de São Paulo em meio às intempéries climáticas. Esse é o objetivo do mais novo Plano de Irrigação, que está sendo desenvolvido pelo governo de São Paulo. Atualmente, apenas 6% da área produtiva paulista é irrigada.
“Nossa meta é dobrar essa cobertura em no máximo quatro anos e chegar a 15% até 2030”, anuncia Guilherme Piai, secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. O plano está sendo desenvolvido em parceria com a universidade de Nebraska, nos Estados Unidos, e com a empresa Lindsay, que opera em mais de 90 países com sistemas de irrigação.
- Defesa sanitária vegetal utiliza drones para identificar doenças em pomares
- Peixe na merenda escolar gera otimismo na aquicultura do Paraná
O secretário Guilherme Piai participou de uma série de encontros com especialistas da área na universidade norte-americana, situada em Lincoln. “Estamos alinhando os detalhes para uma parceria técnica com foco nas mais novas tecnologias de irrigação. A assinatura de um protocolo de intenções deve ocorrer na Agrishow, no próximo mês”, revela Piai.
O Plano Estadual de Irrigação da Secretaria de Agricultura prevê, entre outras ações, uma linha de crédito para os agricultores com recursos para aquisição de implementos, além de todo o apoio técnico dos institutos de pesquisa ligados à Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
Para se ter uma ideia da importância da irrigação, hoje, as áreas de agricultura irrigada do País correspondem a menos de 20% da área total cultivada, mas são responsáveis pela produção de mais de 40% dos alimentos, fibras e cultivos bioenergéticos.
“Esses números evidenciam a contribuição desse método para a segurança alimentar. Além disso, comprovam o aumento da produtividade e possibilitam a produção fora de época”, explica o secretário. Para Piai, o Plano Estadual de Irrigação vai contribuir fortemente para a abertura de novas oportunidades de mercado.
Em janeiro, o secretário de Agricultura visitou a Associação do Sudoeste Paulista de Irrigação e Plantio na Palha (ASPIPP), em Campos de Holambra, no município de Paranapanema. Durante a visita técnica, foi discutido o atual cenário da agricultura irrigada de precisão e os desafios dos recursos hídricos no Estado. Na ocasião, foi firmada a criação de um grupo de trabalho com o objetivo de atender às necessidades primordiais da região.
“Os efeitos das mudanças climáticas estão cada vez mais fortes e São Paulo passa por um momento de grande estiagem. Mas quem tem sua lavoura irrigada, tem sua produção garantida”, frisa Piai.