“Eu passei a conhecer ainda mais o meu rebanho depois que implantei o robô na minha propriedade”, declara o pecuarista Teodoro Kok, proprietário da Chácara Barreiro, em Arapoti (PR). Acompanhado dos filhos, Thiago e Jonathan, o produtor administra um rebanho de 204 cabeças, das quais encaminhou 122 para a ordenha robotizada. Desde a instalação do sistema inteligente, há aproximadamente seis meses, a família acompanha um retorno ligeiro de vantagens com o manejo. Entre os benefícios, está o acréscimo de 10% da produtividade, obtendo em média 4.540 litros de leite ao dia.
Teodoro explica que a automatização facilita o trabalho, e as vacas que se adaptam ao sistema, além de não passarem por estresse, fazem fila espontaneamente e seguem um fluxo natural, o que já dispensa o trabalho de conduzir o animal. “As vacas vêm sozinhas, e isso é um ponto muito positivo, porque elas ficam mais à vontade e não se sentem pressionadas. Eu e o animal saímos ganhando, porque com o bem-estar delas, eu recebo uma produção superior de leite”, observa.
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O processo agilizado leva somente 39 segundos para o acoplamento da teteira, e outros seis minutos para a realização da ordenha. No espaço, enquanto são ordenhadas, as vacas se alimentam porque há um sensor automático que libera uma porção adequada de ração, sendo uma maneira complementar e inteligente de fidelizar o animal no equipamento.
De acordo com Dinarte Garrett, da assistência técnica da Capal, outro benefício da ordenha robotizada se encontra na nutrição do animal. “O robô induz a vaca a ingerir alguns ingredientes porque o sistema robotizado está previamente programado para regular a sua alimentação. E isso é muito vantajoso porque o produtor passa a economizar com a ração e ainda oferece oportunidades de melhorias no balanceamento nutricional”, esclarece Garret.
GESTÃO DOS DADOS
Outra vantagem da ordenha robotizada é a gestão de dados. Na propriedade de Teodoro, todas as 122 vacas estão cadastradas no sistema de informação que o próprio produtor conduz com um clique no computador, celular ou outro dispositivo de sua escolha. O produtor assume que no início encontrou um pouco de dificuldade com a tecnologia, mas logo desenvolveu familiaridade com as ferramentas. “No começo foi meio difícil, mas depois que se pega o jeito, é bem tranquilo. Eu nunca tinha visto pessoalmente como funcionava, mas recebi aulas técnicas e a assistência também ajudou bastante, e hoje estamos rodando bem e com números satisfatórios.”
FAZENDA DO FUTURO
Para Garrett, a ordenha robotizada é uma tendência necessária para a qualidade de vida de todos os envolvidos no processo: os animais, os funcionários e o pecuarista. “Os sistemas inteligentes trazem muitas vantagens e, ao mesmo tempo, geram dados. O desafio do produtor de leite é gerir esses dados, afunilando a relação com a assistência técnica, que trabalha com indicadores. A melhoria de registros, tanto do animal quanto de todas as operações, é essencial porque também acelera a tomada de decisões na propriedade”, afirma.
“Sempre que tem algum problema, a máquina acusa e a gente soluciona. É mais ágil porque fica tudo registrado, e isso é muito bom porque posso fazer análises, comparações, acompanhamento da produção, monitoramento da saúde do rebanho, ver a quantidade de consumo de ração de cada vaca, se alguma delas desenvolve mastite, por exemplo. Todas essas informações aparecem pra mim”, complementa o pecuarista.
As tecnologias avançadas revolucionam a indústria leiteira, fornecendo aos pecuaristas as ferramentas necessárias para ter sucesso no mercado competitivo atual. Os sistemas inteligentes em geral, incluindo a ordenha robotizada, são uma tendência para as chamadas fazendas do futuro.
(Assessoria de Imprensa Capal/Ocepar)