O Brasil é um dos locais do mundo com maior ocorrência de abelhas nativas com 260 espécies. Só no estado de São Paulo, ocorrem naturalmente 54 variedades.
A criação desse inseto contribui para a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável, como explica o subsecretário de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Jônatas Trindade: As abelhas nativas desempenham um papel crucial na polinização da flora nativa, sendo responsáveis por 90% desse processo”.
O especialista ainda reforça ser fundamental o cultivo seguro e consciente. “Sua criação é essencial para a agricultura familiar, proporcionando a produção de mel, cera e própolis”, afirma.
Por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), São Paulo tem desempenhado um papel fundamental ao reunir os criadores em um cadastro.
Desde 2021, a criação de abelhas nativas sem ferrão foi regulamentada no estado. Uma vez cadastrados, os criadores podem fazer o manejo reprodutivo, a comercialização dos produtos, além de viabilizar atividades como serviços de polinização, pesquisa científica e conservação da espécie.
O cadastro para os interessados em iniciar o cultivo deve ser realizado junto ao início das atividades. O registro é autodeclaratório, tem validade por 10 anos e deve ser atualizado sempre que houver alguma mudança. Para isso, basta acessar o Sistema Integrado de Gestão da Fauna Silvestre (Sigam) no ícone GeFau. O banner “Meliponicultor” mostra as informações necessárias, como a lista de espécies que ocorrem no Estado para criação e o manual do meliponário com um passo a passo para a realização do cadastro ( https://bit.ly/cadastro_meliponicultor).
Sobre meliponíneos
Apesar de chamadas de abelhas sem ferrão, as abelhas nativas, meliponas ou simplesmente “meliponíneos” possuem ferrão, mas por ser atrofiado, não é utilizado por elas como estratégia de defesa. Na grande maioria são abelhas mansas e não apresentam riscos para os seres humanos. As espécies de meliponíneos utilizam diversos locais para construírem seus ninhos.
Podem-se encontrar ninhos expostos, ou parcialmente expostos, em troncos e ocos de árvores vivas ou mortas, em fendas entre rochas (paredões rochosos), cavidades feitas por outros animais, como os ninhos de aves, cupinzeiros, ou no solo, como nos ninhos de formigas abandonados.
Existem espécies que conseguem construir seus ninhos em ambientes como paredes de alvenaria, telhados ou qualquer outra estrutura na quais proporcionem as condições adequadas para espécie, como até mesmo em caixinhas de campainhas, como é o caso das espécies mirim-preguiça e jataí.
(Por Governo de São Paulo)