O Rio Grande do Sul está no auge da colheita da uva, mas as condições climáticas adversas impactaram a safra deste ano, resultando em uma produção estimada menor em comparação ao ano passado. Apesar disso, a qualidade das uvas permanece boa. Os trabalhos intensos no campo, que já são desafiadores, exigiram cuidados redobrados, especialmente onde há mão-de-obra terceirizada.
A vindima, que mobiliza cerca de 15 mil famílias na Serra Gaúcha, enfrentou uma quebra de aproximadamente 25%, causada principalmente pelo excesso de chuvas durante o período de floração, afetando as variedades mais precoces. A expectativa de produção para a safra 2023/24 é de cerca de 719 mil toneladas de uva, podendo haver uma redução de até 40%, dependendo da região.
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Apesar dos desafios, as vinícolas da região, como a Vinícola Garibaldi, seguem otimistas. O enólogo Ricardo Morari destaca o potencial enológico das primeiras uvas colhidas, essenciais para a produção de espumantes. Cerca de 50% das uvas são destinadas a espumantes, 30% a suco de uva e o restante a vinhos, totalizando a expectativa de 15 milhões de garrafas.
A preocupação dos produtores também se estende aos trabalhadores terceirizados, que desempenham um papel crucial na colheita. Vinícolas, cooperativas e entidades do setor têm trabalhado em conjunto para garantir que as práticas estejam de acordo com a lei, oferecendo orientações e respaldo jurídico aos produtores.
Os trabalhos nos vinhedos continuam até o final de fevereiro, com produtores como a família Foppa trocando mão de obra com os vizinhos para assegurar que a colheita ocorra no momento ideal. Apesar dos desafios climáticos, a expectativa é de uvas de qualidade para a produção de sucos, vinhos e espumantes.
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