O atraso na entrega dos insumos fez com que o planejamento e efetivação da compra de insumos diminuísse a janela para negociação. Houve um encurtamento de aproximadamente 80% do tempo. Em uma safra habitual, a comercialização levaria em torno de 100 a 90 dias para ser negociada e hoje levará em torno de 20 dias no máximo. Este cenário faz com que os produtores que estejam capitalizados, ou que tenham acesso a crédito liberado saiam na frente e consigam finalizar suas compras sem comprometer tanto o ciclo de manejo.
Entre as principais causas deste encurtamento estão a combinação de fatores que caracterizam, até o momento, a safra 2023/24. Se por um lado os custos de produção estão menores, por outro lado as cotações da produção brasileira caíram substancialmente, e isso faz com que o produtor rural tenha uma atitude mais conservadora para a compra dos insumos necessários, diminuindo assim a janela de comercialização e atrasando as entregas de sementes, fertilizantes e defensivos.
Nos Estados do Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil, esse encurtamento da janela já é uma realidade.
“Os produtores da região Centro-Sul ainda não estão enfrentando este cenário, pois, em sua grande maioria, o trigo ainda está nas áreas, e as que estão recebendo milho e soja ainda são pequenas. Porém, em um espaço de menos de um mês, também se repetirá o cenário do restante do Brasil”, avalia o CEO da Farmtech, Rafael Pilla.
Crédito rápido será um catalisador para safra
A mudança neste cenário da comercialização faz com que seja urgente a necessidade de crédito rápido.
“Teremos uma safra que a compra será por oportunidade e aqueles que estão ainda procurando crédito, ou que estejam descapitalizados, ficarão atrasados no calendário de manejos, pois isso altera o próprio ciclo da safra. Um exemplo que já está acontecendo é o manejo de fertilizantes, que está sendo feito em cobertura, ou seja, quando a cultura já está instalada, e não no plantio, como ocorria em grande parte do território nacional. E para solucionar momentos como esse é que a Farmtech existe. Somos procurados diariamente por indústrias e revendas para fornecer crédito de forma rápida e descomplicada”, pondera Pilla.
O CEO explica que a liberação do crédito em momentos como este precisa estar alinhada e ser feita de maneira rápida.
“O produtor rural hoje tem uma especificidade única em suas aquisições para a safra. Ele faz uma compra técnica e em sua jornada a Farmtech possui o papel de simplificar esta operação. Conseguimos disponibilizar crédito para nossos parceiros e clientes de forma rápida, descomplicada e alinhado à sua jornada de aquisição de insumos agrícolas”.
Com atuação no mercado de crédito digital rural há seis anos, a Farmtech tem como objetivo mudar a forma como a cadeia do agronegócio se relaciona com o crédito. Por meio de parcerias com grandes nomes da indústria e de revendas de insumos agrícolas, a empresa opera como um grande orquestrador para a viabilização do crédito ao setor através das cadeias econômicas. A empresa foi responsável pela liberação de mais de R$ 6,5 bilhões em crédito aos parceiros somente no ano de 2022, totalizando mais de 17 bilhões operacionalizados, em mais de 160 mil operações de crédito desde a sua fundação, em 2017. A expectativa é passar de 20 bilhões nos próximos meses.
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